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Gerente da Codevasf que teria recebido R$ 250 mil em desvios de recursos é afastado

Divulgação/Polícia Federal
O gerente da Codevasf teria ligação com a empresa estatal que está sob investigação  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Polícia Federal

Publicado em 05/10/2022, às 10h28   Redação BNews


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Um gerente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) foi afastado pela Polícia Federal, em São Luís (MA). Ele teria recebido cerca de R$ 250 mil de empresas que teriam envolvimento em um esquema de desvios de recursos públicos, de acordo com informações do g1.

A ação, realizada no dia 29 de setembro, integra a segunda fase da Operação Odoacro, que tem a missão de desarticular o núcleo de uma suposta organização criminosa. O grupo seria integrado por servidores públicos que estariam cometendo fraudes em licitações, bem como desviando verbas federais da Codevasf. 

Do mesmo modo, um mandado de busca e apreensão também foi cumprido na casa do gerente, que não teve o nome informado. Ao g1, a Codevasf garantiu que colabora com o trabalho da Justiça, além do processo judicial sobre o caso que está sob segredo de Justiça. 

A empresa também ressaltou que tem sólida estrutura de governança implantada e que apura indícios de conduta ilegal ou antiética.

Investigação

De acordo com a Polícia Federal, trecho dos contratos da Codevasf com a Construservice - principal companhia envolvida no suposto esquema averiguado pela primeira fase da Operação Odoacro -, estão no radar por terem suspeitas de que foram fraudados no decorrer do processo licitatório.

O esquema, a princípio, é uma sequência do que já ocorreu em 2015, porém tem a diferença de que, desta vez, os recursos desviados são federais e não estaduais, na cidade de Dom Pedro (MA), onde a Polícia Civil do Maranhão realizou uma operação de alta complexidade e, até mesmo, prendeu o ‘Eduardo Imperador’. Na oportunidade, foram desviados aproximadamente R$ 100 milhões de 42 prefeituras do Maranhão, segundo as investigações da Polícia Civil.

Principal sócio da Construservice, Eduardo José Barros Costa, o ‘Eduardo Imperador’ chegou, inclusive, a ser preso, mas pagou fiança de R$ 121 mil e foi solto com a utilização de tornozeleira eletrônica.

Por essa razão, a defesa dele afirmou, no período da prisão, que a detenção não teve necessidade, visto que o inquérito policial foi originado ‘apenas do início da investigação e da visão unilateral da Polícia e do Ministério Público sobre os fatos’, e que ele é inocente. 

"A defesa de Eduardo José Barros Costa, entende, com base no ordenamento jurídico pátrio, ilegal e desnecessária a prisão temporária de seu constituinte. Informa que tudo o que há nos autos do inquérito policial em curso é fruto apenas do início da investigação e da visão unilateral da Polícia e do Ministério Público sobre os fatos; que ele nunca sequer foi notificado para falar, apresentar documentos e/ou quaisquer outras manifestações defensivas; que, a partir de agora, colabora com a investigação - que corre em segredo de justiça - esperando ter a oportunidade de prestar os devidos esclarecimentos, com os quais demonstrará sua inocência. Inocência, aliás, que deve ser presumida por força de expressa disposição constitucional", disse a nota, ainda conforme a publicação.

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