Policial é investigado por agarrar ativista pelos seios em protesto

Um agente da polícia de Madri, capital da Espanha, está sendo investigado por agarrar uma ativista do grupo Femen pelos seios quando realizava a prisão da mulher. O caso aconteceu no dia 20 de novembro de 2022, quando três protestantes do grupo chegaram à Plaza de Oriente de Madri, ponto tradicional da cidade, tiraram os casacos e mostraram os seios, em manifestação contra uma concentração naquele ponto em homenagem ao ditador Francisco Franco. As informações são do G1.

Os membros da Polícia Nacional interceptaram os manifestantes após alguns segundos. No momento da detenção, um dos agentes agarra uma delas por trás e aperta seus seios com as duas mãos, como flagrou um fotógrafo, de acordo com denúncia apresentada a um tribunal de Madri, que convocou o policial para testemunhar na próxima quinta-feira pelo crime de abuso sexual.

DE OLHO NO APITO!

CBF escala árbitro novato para apitar duelo entre Bahia x Bragantino; confira

OUSADA

Modelo faz confissão sobre MC Pipokinha: “Ela tirou a minha virgindade”

“É a primeira vez na história do Femen Spain que uma ativista denuncia um policial por abuso sexual durante a detenção”, explica Endika Zulueta, advogada do grupo. “Até aquele dia, elas nunca haviam sofrido abuso durante as prisões nos múltiplos atos que protagonizaram, o último às portas do Senado.”

Ainda segundo a denúncia, o agente agarrou a mulher por trás, “apertando-lhe os seios com as duas mãos, o que obviamente foi desnecessário para a detenção”. A acusação aponta que o policial “abusa de sua posição de superioridade, utilizando-se de sua condição de agente da autoridade”.

 “Esta ação se repete há vários anos no mesmo local e sempre foi interceptada pela Polícia”, diz a denúncia, que acrescenta: “É óbvio que este ano a Polícia antecipou a ação e estava disposta a abortá-la desde o começo”, conclui.

Na época, as três mulheres foram liberadas após serem identificadas pela polícia. Dias depois, a mulher assediada apresentou uma denúncia contra o agente, que o Tribunal de Instrução de Madri admitiu para tramitação apenas em 19 de janeiro deste ano. Em seguida, o magistrado convocou os envolvidos para se manifestarem. O juiz marcou para a quarta-feira (12) os interrogatórios da ativista do Femen e do fotógrafo da Efe, e, para esta quinta-feira (13), o do agente.