A prefeitura de Salvador distribuiu gratuitamente no ano passado cadeiras e sombreiros aos vendedores que atuam nas praias da capital baiana e a orientação era que os equipamentos fossem disponibilizados à população também de forma gratuita. Mas, na prática, é bem diferente. Os comerciantes cobram pelo uso das cadeiras e sombreiros e quem se assustou com a prática foi a vice-prefeita de Salvador, Célia Sacramento.
Em carta aberta, Célia contou que foi a uma praia na Barra em um final de semana com dois filhos e um irmão. “Ficamos lá por mais de 3 horas, das 11:00 às 14:30. Pedimos a conta e fomos surpreendidos pelo acréscimo de 15 reais pelo uso do sombreiro e das cadeiras”, relatou.
A vice-prefeita conta que ficou sobressaltada e questionou a prática ao comerciante e argumentou que a prefeitura teria disponibilizado os equipamentos gratuitamente e ouviu a resposta do vendedor: "São quase 15 horas, paguei para guardar, trazer e arrumei aqui na areia para a Senhora usar. Não posso repassar esse custo para os produtos consumidos. Me ajude a poder trazer amanhã e disponibilizar para outros, que como a senhora, precisam usar estes, que custaram para estar aqui".
“Envergonhada, paguei os 15 reais e pedi a Deus que continuasse dando força, coragem, determinação e atitude para meu povo sofrido resistir, enquanto nós que estamos no poder pensamos em uma forma de ajudá-los a ganhar honestamente "o pão de cada dia" com dignidade e tendo o respeito e a compreensão dos usuários que como eu, não puderam levar, mas gostam de poder usar”, afirmou a gestora.
Nota originalmente postada dia 9
