Pela 3ª vez, Mauro Ricardo tenta explicar proposta de alienação de terrenos
Publicado em 22/05/2014, às 15h17 Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)
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Pela terceira vez, o secretário da Fazenda de Salvador, Mauro Ricardo, tenta dar explicações sobre a desafetação de bens públicos - torná-los apropriáveis - para a alienação dos terrenos da capital baiana. Desta vez, uma audiência pública conta com a participação da sociedade civil, na tarde desta quinta-feira (22), na Câmara de Vereadores de Salvador.
A dúvida que ainda persiste refere-se ao destino dos locais, que em sua maioria pertencem a bairros nobres de Salvador. Mauro Ricardo voltou a garantir que a população será a grande beneficiada com a construção de escolas, creches e um hospital municipal. "Vamos auferir receitas para investimentos na cidade. São 62 terrenos inservíveis para a prefeitura. Que fique claro que não estamos desapropriando para o custeio da prefeitura e sim para melhorar os serviços públicos", afirmou o chefe da pasta, em entrevista ao Bocão News.
Alguns dos terrenos estão localizados na Avenida Beira Mar, na Pituba, antigo Clube Português; Praia do Flamengo; Avenida Garibaldi; Alphaville; imediações do Parque São Bartolomeu, entres outros. A expectativa da administração soteropolitana é de arrecadar R$ 300 milhões com as alienações.
A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) questionou e discordou a necessidade de se desfazer do patrimônio público. Segundo a comunista, os valores arrecadados são extremamente inferiores pelas localidades consideradas nobres da cidade. "Não queremos paralisar o desenvolvimento da cidade, mas não podemos nos desfazer de um patrimônio que é do povo. São locais valorisadíssimos", desconfia.
Por outro lado, o presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Tiago Correia (PTN), acredita ser benéfico, já que os imóveis são considerados "elefantes brancos". Segundo o vereador já foram identificados 100 mil imóveis inserviveis para a prefeitura.
O secretário Mauro Ricardo ainda explicou que serão contratados pela gestão municipal avaliadores , usando a metodologia da Associação Brasileira de Normas Técnicas, para avaliarem os imóveis pelo valor de mercado, que serão `vendidos´ por meio concorrência pública.
O projeto ainda não tem data para votação, e pela discussão aflamada, outras audiência spúblicas serão necessárias para a reformulação do projeto.
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