Hipocrisia? ACM Neto e Jerônimo Rodrigues mudam discursos sobre debates após resultado no primeiro turno; compare

O segundo turno das eleições para o governo da Bahia está a todo vapor. As estratégias dos candidatos, no entanto, se inverteram com o resultado do último domingo (2), quando Jerônimo Rodrigues (PT) terminou à frente da disputa com 49,45% dos votos válidos, contra 40,80% de ACM Neto (UB).

No primeiro turno, ACM Neto optou em não comparecer aos debates da Band Bahiae TVE, alegando compromissos de agenda, indo apenas no da TV Bahia, emissora ligada à sua família. Com isso, o ex-prefeito foi alvo de ataques dos três adversários no primeiro momento das eleições: Kleber Rosa (PSOL), João Roma (PL), e Jerônimo Rodrigues (PT) e seus respectivos aliados. 

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Agora, com a disputa estando favorável ao candidato petista, que largou na frente da disputa, e tem, segundo, a Folha de São Paulo, mais de 80% de chances de vencer, além de ter atraído diversas lideranças e apoios que estavam com o ex-prefeito, os discursos sobre ida aos debates se inverteram, gerando questionamentos, inclusive, sobre hipocrisia.

Na última quinta-feira (13), a TV Aratu, que não realizou debate no primeiro turno, decidiu fazer para o segundo. Jerônimo Rodrigues não compareceu, acusou a emissora de "aparente parcialidade" pelo fato da empresa ser gerida (CEO) pela candidata a vice-governadora na chapa adversária, Ana Coelho (Republicanos), e, agora, virou o alvo das críticas por parte, por exemplo, do prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB), aliado de Neto, que disse que o petista não vai porque "não tem condição de governar". 

Em agosto, Bruno defendia a não ida de Neto aos debates, alegando que a decisão era "algo normal na agenda de qualquer candidato". Rui Costa, aliado de Jerônimo, criticava o carlista pela ausência no primeiro turno dizendo que ele "fugiu dos debates por 'medo". 

Jerônimo, inclusive, já afirmou que não irá para o debate da Band Bahia no segundo turno, contrariando o que ele mesmo disse quando esteve nos estúdios da emissora na Federação, ao dizer que seu adversário não teria ido pois "não teve coragem" e que o ato de se ausentar "prejudica o debate".

"É a oportunidade que a população tem de compreender as nossas propostas. A ausência de um candidato perde o conteúdo do debate", disse o petista na Band, no primeiro turno.