CEO da Nike atribui falta de inovação na empresa ao home office

O CEO da Nike, John Donahoe, disse na última sexta-feira (12) à CNBC que o trabalho remoto atrapalha a inovação na empresa. Recentemente, a empresa gerou polêmica no design do uniforme da seleção inglesa.

“O que falta é o tipo de inovação ousada e disruptiva pela qual a Nike é conhecida e, quando olhamos para trás, as razões são bastante simples”, disse Donahoe.

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“Em retrospectiva, verifica-se que é realmente difícil fazer inovações ousadas e disruptivas, desenvolver um calçado ousadamente disruptivo via Zoom”, disse o mandatário.

Donahoe citou ainda que a empresa teve que fechar fábricas de calçados durante a pandemia de covid-19, e deu detalhes da experiência ruim. 

“Nossas equipes se reuniram pessoalmente há 18 meses e reconhecemos isso. Por isso, realinhamos a nossa empresa e, ao longo do último ano, estivemos implacavelmente concentrados na reconstrução do nosso pipeline de inovação disruptiva, juntamente com o nosso pipeline de inovação interativa.”

O empresário espera que a Nike faça novos lançamentos já na próxima temporada. Em dezembro, a companhia começou uma reestruturação para reduzir custos pelos próximos 3 anos.

Depois disso, anunciou um corte de 2% de sua força de trabalho (cerca de 1.500 empregos). A meta é investir em segmentos de alto crescimento: corrida, categoria feminina e marca Jordan.

John Donahoe assumiu o posto de CEO da Nike em 2019, quando Mark Parker deixou a empresa. Ele pertencia ao conselho de administração da Nike desde 2014, quando ainda liderava a plataforma de comércio eletrónico do Ebay.