Denúncia

Mães de crianças autistas fazem apelo e cobram responsabilidade da Promédica

Unicef/ONU
Mães de pessoas autistas desejam ser ouvidas por parte da operadora de planos de saúde após ação brusca  |   Bnews - Divulgação Unicef/ONU

Publicado em 23/02/2023, às 19h45 - Atualizado às 19h49   Cadastrado por Pedro Moraes


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Mães e responsáveis por pessoas autistas fizeram um apelo, ao BNews, sobre o tratamento de uma operadora de planos de saúde no que se refere aos atendimentos com seus filhos. Isso porque, segundo depoimentos dados por elas, cerca de 16 pacientes estão sendo transferidos para o centro terapêutico da Promédica sem a consulta dos próprios familiares. 

“Eles [Promédica] estão, de forma brusca, sem consultar a família, transferindo 16 pacientes, inclusive minha filha, para o centro terapêutico deles. Só tem guia autorizada para a terapia até o dia 28”, inicia Emanuelle Garcia, 41 anos, mãe de Nicolly Garcia, de 6 anos, em entrevista a reportagem. 

Ainda conforme a dona de casa, o grupo de mães que ela integra já acionou a Justiça, porém o processo deve demorar. 

“A gente já está na clínica atual, tá tudo ok, a criança já está evoluindo, existe o vínculo terapêutico, então não pode ser trocado de clínica credenciada pela promédica. Eles estão fazendo isso sem autorização e entendimento dos pais e da família”, enfatiza a mãe da garota, que tem autismo no nível 2 do espectro e deficiência intelectual. 

A princípio, conforme Lais Costa, de 34 anos, que é mãe de João Davi, a rede Promédica criou o centro próprio há cerca de um mês e está obrigando os pais a se transferirem para ir para esses centros.

“A gente está gritando por socorro em relação ao plano de saúde Promédica, que está nos forçando a ir para o centro dele, mas não temos interesse nenhum, pois nossos filhos já têm vínculo na clínica na qual já estão há mais de um ano, não temos condições de ir para outro local levá-los. Eles são autistas e quem conhece autistas sabem o quanto eles se desregulam por mudanças de rotina. Eles [Promédica] não estão respeitando nossas crianças, vínculos terapêuticos e nem a ordem do juiz”, relata a também dona de casa, mãe de João Davi, de 7 anos.

A reportagem entrou em contato com a rede Promédica e aguarda retorno. Assim que uma resposta for enviada, a matéria será atualizada.

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