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Radar federal estava quebrado quando chuva matou 15 pessoas em Barro Branco

Publicado em 17/06/2015, às 13h42   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O radar meteorológico do governo federal usado em Salvador para alertar sobre riscos decorrentes das chuvas estava quebrado durante os deslizamentos de terra no final de abril que provocaram a morte de 15 pessoas, de acordo com informações publicadas pela Folha.
Ainda segundo a publicação, a utilidade do instrumento, que é operado pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, é justamente prever as chuvas antes que ocorram e os riscos de acidentes.
O Cemaden só possui um radar meteorológico na capital baiana. Além dele, há 24 pluviômetros que medem a chuva que já está ocorrendo. A Defesa Civil da Prefeitura de Salvador e a Defesa Civil do governo da Bahia disseram à Folha que a operação do radar poderia ter ajudado a prevenir os acidentes.
Sem esse instrumento, os alertas emitidos pelo governo federal foram baseados só nos pluviômetros, que diagnosticam a chuva só na hora. Em um evento em 2012 que anunciou a instalação de novos radares, o geólogo Agostinho Ogura, do Cemaden, definiu: "Ter o radar é olhar a previsão meteorológica no campo futuro. Ter o pluviômetro é saber o quanto está chovendo de fato".
O Cemaden e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação dizem que o radar quebrado não prejudicou o monitoramento em Salvador. Responsável direta pelas ações emergenciais, a Defesa Civil de Salvador disse que não fez retirada emergencial das famílias no entorno do Alto do Peru porque não tinha detalhes da chuva no local. "Recebemos os alertas do Cemaden com no máximo duas horas de antecedência, e eles não especificam onde vai chover nem a intensidade."
Foto: Arquivo // Bocão News

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