BNews Pet

Presídios poderão acolher animais para ressocialização de detentos; entenda

Ilustrativa / Imagem de huoadg5888 por Pixabay
Presos que trabalharem no cuidado dos animais serão remunerados e poderão ter suas penas reduzidas  |   Bnews - Divulgação Ilustrativa / Imagem de huoadg5888 por Pixabay

Publicado em 24/02/2024, às 09h00   Cadastrado por Mariana De Siervi


FacebookTwitterWhatsApp

Uma iniciativa que foi realizada pela primeira vez em Taubaté, interior de São Paulo, em 2019, agora está sendo considerada para ser expandida por todo o país. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, vinculado à Secretaria Nacional de Políticas Penais, emitiu uma resolução estabelecendo diretrizes para a criação de espaços para cães e gatos em penitenciárias brasileiras.

Com essa medida, será permitida a criação de cães e gatos resgatados das ruas ou vítimas de maus-tratos nas prisões, por meio de ressocialização e qualificação técnica dos detentos. Os presos que trabalharem no cuidado dos animais serão remunerados e poderão ter suas penas reduzidas. Além disso, concedemos um certificado de curso técnico na área.

Atualmente, os detentos podem reduzir um dia de pena a cada três dias de trabalho, de acordo com a legislação vigente.

A resolução, assinada pelo presidente do Conselho, Douglas de Melo Martins, destaca que "o trabalho do condenado é um dever social, condição de dignidade humana, com finalidade educativa e produtiva".

Experiência em Taubaté

O projeto de canis e gatis em Taubaté, iniciado em 2019, tem como objetivo apoiar o Centro de Controle de Zoonoses da cidade e promover a ressocialização dos internos.

Na Penitenciária Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra, há um canil com capacidade para 200 cães, e no Centro de Detenção Provisória Dr. Félix Nobre de Campos, há um gatil que pode abrigar 80 gatos simultaneamente.

Os presidiários são responsáveis ​​pelo banho, tosa e alimentação dos animais. A decisão publicada no Diário Oficial da União em 23 de novembro destaca que o projeto de Taubaté consolidou "ferramentas de ressocialização dos indivíduos privados de liberdade, humanização do sistema penal, desenvolvimento da afetividade, bem como aspectos sociais, morais e éticos, contribuindo para a construção da paz social”.

Empregabilidade

O objetivo do projeto, de acordo com o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, é proporcionar empregabilidade aos reclusos com o intuito de reduzir a reincidência criminal.

Além de facilitar a contratação por empresas, a qualificação profissional visa preparar os indivíduos para a reinserção no mercado de trabalho por meio do empreendedorismo independente.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp