O que aconteceria com os cães se os humanos desaparecessem? Saiba o que diz especialistas

Você já imaginou como seria o mundo totalmente livre para os cachorros? Certamente, o impacto seria grande, principalmente naqueles que são domesticados. Os buldogues franceses e chihuahuas, por exemplo, precisam da ajuda de humanos para dar à luz. Outros pets que têm uma vida controlada, também seriam afetados.

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No artigo publicado no The Conversation, os pesquisadores analisaram que um mundo em que os cães ficariam totalmente livre dos cuidados humanos não daria certo para eles. Isso porque, mesmo indiretamente, os homens atendem às necessidades básicas dos animais, como alimentação. O que, possivelmente, aconteceria é que muitos pets sucumbiriam nessa realidade.

A falta da presença de humanos afetaria diretamente menos de 20% de todos os cães (essa é a porcentagem daqueles que vivem dentro de lares). A maioria desses animais vivem livres e são predominantemente da Europa, África e Ásia. Contudo, ainda os cães não domesticados sofreriam.

Esses animais coexistem com os homens e sua sobrevivência está relacionada com os recursos que os humanos criam, como lixões e distribuição de alimentos. Sem pessoas no mundo, rapidamente a seleção natural entraria em ação e apenas os "mais fortes" iriam conseguir se adaptar e sobreviver.

Os cachorros com alta adaptabilidade, habilidades de caças, resistentes à doenças, institos parentais e boa sociabilidade conseguiriam se salvar. Já os cães muito grandes ou os muito pequenos encontrariam dificuldade para sobreviver, já que o tamanho afetaria suas necessidades calóricas, a regulação da temperatura corporal e o deixaria suscetível a predadores.

Cachorros tímidos também seriam prejudicados e os cães castrados, apesar de terem características boas para sobreviver, não passariam seus genes para outras gerações.

O tempo faria com que as diferentes raças de cães deixassem de existir e desse lugar a uma aparência mais unificada de "cão de aldeia", parecido ao "cão de acampamento", comuns em comunidades indígenas remotas da Austrália e aos cães vistos no Sudeste Asiático.

Esses cães têm tamanho médio, constituição equilibrada, pelagem curta em várias cores e orelhas e caudas eretas. Mas, podem ter ainda variações regionais, como uma pelagem mais desgrenhada, por exemplo.