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Seca no Amazonas alerta sobre necessidade de investimento em fontes hídricas alternativas

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Região, que possui uma das maiores reservas hídricas do planeta, enfrenta escassez de água  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Freepik

Publicado em 06/12/2023, às 09h15 - Atualizado às 09h18   Cadastrado por Verônica Macêdo


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“A seca extrema evidencia a importância do tratamento de efluentes, o uso de fontes alternativas como a captação de água de poços profundos e, principalmente, do aproveitamento de água de reuso na Amazônia”, alerta Diogo Taranto, diretor de Desenvolvimento de Negócios do Grupo Opersan, que atua nacionalmente e tem operações na Zona Franca de Manaus.

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Ele aponta a contradição enfrentada pela região, que possui uma das maiores reservas hídricas do mundo, mas atualmente está enfrentando escassez de água.

O problema reflete os efeitos danosos das mudanças climáticas, cada vez mais acentuados, não só no Brasil como em todo o planeta. Segundo o relatório “Estado do Clima Global 2022”, da Organização Meteorológica Mundial (OMM), os anos de 2015 a 2022 foram os oito mais quentes da história. As consequências são desastrosas, incluindo secas, inundações e ondas de calor que afetaram comunidades em todos os continentes e custaram bilhões de dólares.

Especificamente no estado do Amazonas, 60 dos 62 municípios já foram afetados, e o Rio Negro chegou ao seu menor nível desde que as medições começaram a ser realizadas, com vazante de apenas 13,59 metros.

Por isso, especialistas apontam para a necessidade de se adotar ações capazes de mitigar esses impactos no meio ambiente, nos recursos naturais e na economia. Dentre elas, as mais eficazes e necessárias referem-se ao tratamento de efluentes, à construção de poços profundos e, principalmente, ao reúso da água. 

Na Zona Franca de Manaus, o Grupo Opersan já atende indústrias automotivas e do setor de bens de consumo na modalidade onsite, na qual presta seus serviços dentro das dependências do cliente, com implantação de sistemas dedicados ou operando ativos já existentes. “Nosso trabalho na área transcende ao aspecto comercial, tendo também o forte propósito de contribuir para preservar a água e a vida no maior bioma do planeta”, ressalta Taranto. 

O executivo salienta que as operações na Zona Franca, com receita acima de um milhão de reais por ano, embora representem apenas 1% do faturamento total da companhia e exijam investimentos sistemáticos de manutenção e evolução tecnológica, são consideradas vantajosas. 

“São contratos sólidos, que refletem nosso DNA na prestação de serviços que contribuem para a defesa do meio ambiente em uma região muito importante do Brasil”, afirma. Ele ressalta que o Grupo Opersan sempre tem interesse em atender clientes preocupados com a preservação e que buscam cumprir integralmente as normas ambientais.

Os serviços prestados pelo Grupo Opersan proporcionam aos clientes a integridade e a garantia de tratamento de seus efluentes gerados nos respectivos processos produtivos, e que estes atendam integralmente a todos os preceitos legais. A equipe está engajada numa busca contínua por melhorias operacionais, por reduções de custos, de resíduos e ganhos de produtividade. 

Reuso

Diogo Taranto avalia que a seca observada na Amazônia mostra que a prática do reuso deveria ser mais estimulada no Brasil. “O Brasil é dotado de especialistas e empresas com amplo conhecimento nas melhores tecnologias de reuso existentes no mundo, mas é necessário multiplicar os bons exemplos, conferir escala aos projetos e divulgar a sua importância, que precisa incorporar-se às políticas públicas e, principalmente, à cultura ambiental dos brasileiros”, ressalta. 

Para o executivo, o reuso da água tornou-se uma prioridade ambiental tão relevante quanto a preservação dos biomas e ecossistemas, redução da emissão dos gases de efeito estufa e despoluição do ar, que permeiam, de modo mais enfático, as preocupações de ecologistas, da sociedade e dos governos. 

“Entretanto, os investimentos em grandes projetos de reutilização ainda são exceção e permanecem à margem das centenas de bilhões de reais estimados para atingir a meta de universalização do saneamento básico no Brasil até 2033”, diz ele. 

“Nesse sentido, faltam incentivos, que poderiam ser de cunho fiscal e empresarial, além de maior respaldo da opinião pública a esses projetos. Infelizmente, esta seca demonstra, do pior modo possível, que precisamos mudar a forma de pensar e agir, uma vez que nem a maior reserva de água doce do mundo está livre de problemas climáticos e escassez hídrica”, conclui.

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