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Agro tem crescimento de mais de 25 pontos percentuais em relação a outros setores no Brasil

Valter Campanato/Agência Brasil
O crescimento do agro no Brasil é considerado acima da média nacional  |   Bnews - Divulgação Valter Campanato/Agência Brasil

Publicado em 14/10/2022, às 13h59   Cadastrado por Beatriz Araújo



O setor do agronegócio no Brasil cresceu mais de 25 pontos percentuais que os demais setores do País nos últimos anos. De acordo com o Valor Econômico, o agro teve a massa de renda triplicada entre abril e junho de 2022. O crescimento é considerado acima da média nacional e reflete um cenário menos turbulento se comparado ao restante do País, sobretudo em razão da pandemia.

O economista Bráulio Borges, da LCA Consultores, considerou que o “salto fenomenal da renda agropecuária real em 2019-22 não se deveu por volume, mas sim por causa de preços relativos muito mais favoráveis”. Para o especialista, os números refletem “a forte alta das commodities agrícolas em dólares, assim como o real frente ao dólar excessivamente depreciado desde meados de 2020”.

Ainda segundo Borges, o PIB agropecuário, representado pela produção, cresceu em média 1% ao ano entre 2019 e 2022. Já o PIB total registrou um acréscimo de 1,1%. Se levado em consideração o PIB nominal deflacionado pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o economista considera o total de R$ 2,08 trilhões para o setor agropecuário nos últimos quatro anos, o que sugere uma alta de 29,4% se comparado ao quadriênio anterior.

“Apesar de estarmos falando de um setor que corresponde a 8% do PIB brasileiro, trata-se de um salto espetacular. Estamos falando de R$ 472 bilhões a mais de renda em relação ao período de 2015 a 2018”, avaliou o economista.

Num cenário onde não é levada em consideração itens que responderia por 60% do PIB brasileiro, como a administração pública, aluguel imputado e transação financeira, a estimativa de crescimento entre 2019 e 2022 chegaria a 3,8%.

Para o agroprodutor o valor pago pelas commodities e o real desvalorizado geram benefício, segundo aponta Borges, que garante também que para o restante da população, a comida fica mais cara e inflação maior.

Embora o setor do agronegócio represente 8% do PIB brasileiro em razão da sua produção, mediante inclusão dos serviços e toda a cadeia, o recorte pode chegar a 28%. “Um país que faz fila para comprar caminhonetes de R$ 500 mil”, destacou o economista.

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