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Presidente da Embratur, Marcelo Freixo afirma que “turismo é solução para os problemas do país”

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Marcelo Freixo é o novo presidente da Embratur e concedeu entrevista fazendo o balanço do setor  |   Bnews - Divulgação Divulgação // Paulo Sérgio // Agência Câmara

Publicado em 24/02/2023, às 12h01   Redação BNews



Ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro, Marcelo Freixo é o novo presidente da Embratur. Em entrevista ao Diário do Turismo, o gestor pontua que a prioridade é resolver o orçamentário da Embratur, que perdeu a sua fonte segura de recursos ao ser transformada em Agência em 2020.

“Estabelecemos uma parceria com a FGV para encontrarmos o melhor modelo. E estamos conversando com agentes públicos e privados, incluindo o Sistema S”, adianta Freixo, que terá a missão de recuperar a imagem do Brasil no exterior.

Freixo relata que o Brasil tem que investir mais e melhor em promoção para romper o teto dos 6 milhões de turistas estrangeiros anuais no país – número considerado vergonhoso. “Não se faz promoção do turismo sem recursos, que são na verdade investimentos no país", destacou.

Estudo da FGV na pré-pandemia mostrou que a cada R$ 1 investido em promoção, R$ 20 são injetados na economia. Se a Embratur dá certo, segundo a publicação, quem ganha são os estados e os municípios em que vão chegar mais turistas; é o trade turístico que vai vender passagens, pacotes, hospedagem, os centros de convenções de eventos, os bares e restaurantes, garçons, cozinheiros, camareiras, guias.

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Segundo Freixo, "o Congresso aprovou a medida provisória que deu à Embratur o status de agência autônoma, retirou do orçamento da união, mas não há nenhuma fonte de recursos fixa. Então temos esse desafio imediato de garantir essa fonte de recursos de forma permanente e sustentável. Por outro lado, após o resultado do segundo turno das eleições presidenciais, a gestão anterior contratou e promoveu 37 pessoas, gerando para a gente um passivo de R$ 3,7 milhões. Eles instituíram um conselho de ética com cinco pessoas, e estabeleceram estabilidade aos membros por cinco anos, além de criarem uma regra de que representantes do conselho teriam que estar em todas viagens internacionais que a Embratur participar. Encontramos uma completa desorganização das funções e pessoal sem qualificação para exercer cargos estratégicos. Exemplo disso era a quantidade de militares que andavam armados dentro da sede da Embratur. Como não seria diferente, o resultado era uma atuação ineficiente, que não promovia o Brasil da forma adequada e afastava turistas de nosso país".

O ex-deputado afirma que sua prioridade é buscar solução para a questão do orçamento. Também apontou a formação de uma equipe experiente: "A boa gestão começa com a formação de um time de excelência, e é isso que estamos fazendo. A Embratur está apontando com esta equipe onde quer chegar. Queremos exemplo de inovação na promoção de turismo ambientalmente sustentável, carbono zero; esse será um dos nossos principais focos. Queremos que a Embratur ajude economicamente o Brasil a se tornar um país desenvolvido, justo, democrático e comprometido com a agenda climática. Nosso compromisso é dar um salto de qualidade que o Brasil precisa e que o mundo espera de nós, e vai nos ajudar a construir visitando o Brasil", disse em entrevista ao Diário do Turismo.

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