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Funcionário do SAC se acorrenta em protesto

Imagem Funcionário do SAC se acorrenta em protesto
Serviço está paralisado e clientes estão impedidos de entrar  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 16/04/2012, às 07h07   Caroline Gois



Funcionário tercerizado do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) se acorrentou em frente ao posto do órgão no shopping Iguatemi na manhã desta segunda-feira (16). Edson Conceição de Araújo, 43 anos, reclama da falta de pagamento por parte da empresa Hoop Servce, que presta serviço de limpeza nos SACs de todo o estado.
Um dos manifestantes informou que o objetivo da paralisação temporária é reivindicar melhorias salarias, bem como, carga horária de trabalho. Os clientes, que aguardavam na fila desde às 5h da manhã, estão impedidos de entrar.
No dia 12 de março, funcionários terceirizados do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) da Bahia encaminharam uma denúncia, ao Ministério Público para que o órgão apure as circunstâncias da contratação da empresa Hope Serviços e Construções Ltda.
Entidades sindicais levantaram dúvidas quanto à licitação promovida pela Secretaria de Administração do Estado da Bahia (SAEB), que assinou um contrato de mais de R$ 27 milhões por ano para que a empresa administre o SAC. A sessão Bahia da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) convoca um ato nesta terça (13), às 10h, no SAC do Iguatemi.

De acordo com a categoria, a Hoope fornece ticket alimentação no valor de R$ 7 e ainda cobra um percentual de 20% a cada ticket, os digitadores estão em desvio de função, trabalhando como recepcionistas para aumentar a carga horária, sem incorporar as horas adicionais aos salários. Além disso, os funcionários ressaltam que o SAC foi criado como sistema modelo de prestação de serviços integrados à população, mas atualmente passa por precarização das relações trabalhistas, como corte de salários e expansão da jornada de trabalho.
“Pelos critérios adotados pelo governo, as alterações propostas arrocham os salários, impõem uma jornada de trabalho abusiva e deixam o funcionário sem alternativa. Tudo isso, além de mexer com a auto-estima do funcionalismo, contribui para inviabilizar o SAC, exatamente no que a população mais precisa, que é a prestação de serviços públicos de qualidade, oferecidos ao cidadão por pessoas capacitadas”, alerta Adilson Araújo, presidente da CTB Bahia.

Foto: Alessandro Isabel

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