Saúde

Ministro da Saúde diz que rejeição a programa faz parte da democracia

Imagem Ministro da Saúde diz que rejeição a programa faz parte da democracia
Alexandre Padilha reagiu bem à revolta dos médicos  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 19/07/2013, às 10h29   Terena Cardoso (Twitter: @terena_cardoso)



O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que reagiu bem à revolta dos profissionais de saúde que são contra ao programa Mais Médicos do governo federal.  Para ele, a rejeição faz parte da democracia, mas o governo está focado no suprimento de médicos em localidades carentes do Brasil.

“Quando tomamos essa decisão de enfrentar esse problema sabíamos que iríamos enfrentar resistências. Por muitos anos se consolidou a ideia de que sobram médicos no país, mas não é verdade e isso precisa ser solucionado”, disse em entrevista para o radialista Mario Freitas, na manhã desta sexta-feira (19).

Padilha argumentou ainda que nos últimos dez anos mais de 140 mil empregos para médicos foram disponibilizados, mas apenas 90 mil médicos se formaram. Ele afirma também que o governo aumentou em 70% o número de equipamentos, 40% em unidades, 17% em leitos e apenas 14% em médicos. “Os que existem são mal distribuídos por diversos motivos como infraestrutura”, disse.

No próximo dia 25 de julho, termina o prazo para que os representantes estaduais e municipais divulguem a relação de médicos para o programa. Segundo o ministro, caso as inscrições não sejam suficientes para suprir a falta de médicos no Brasil, o governo buscará os profissionais em outros países. Sobre isso, ele justifica que os médicos cubanos entraram à baila porque o Brasil já tem uma relação comercial estabelecida com o país.

“O Ministério da Saúde não tem preconceito com relação a nenhum país. Mas há muitos anos temos parcerias com a saúde de Cuba. Temos 19 produtos que foram desenvolvidos lá, importamos a tecnologia deles, vacinas, remédios. É um país que a saúde pública nos ajudou muito. Se tivermos médicos bem formados em Cuba, com experiência em atendimento em regiões de difícil acesso, nos interessa”, afirmou o ministro que não aceita um debate ideológico e partidário com relação a isso. “O que cabe é tomarmos medidas concretas para suprir essa necessidade”, finalizou.

Médicos que trabalharem no interior ganharão R$ 30 mil

Ainda durante a entrevista, o ministro da Saúde lembrou o salário oferecido no programa Mais Médicos. Segundo ele, há a oferta salarial de R$ 10 mil. Mas para quem trabalhar em localidades onde o acesso é mais difícil, haverá um custo de R$ 20 mil para deslocamento. Além disso, o programa visa não só trazer os médicos, mas expandir os investimentos na área. “Vamos atacar todos os problemas. Os de infraestrutura, formar mais profissionais, dar mais oportunidades para o jovem do interior e da periferia fazer a escola de medicina, mais oportunidade de especialização e se faltarem médicos, vamos trazer do exterior”, prometeu.

Nota originalmente postada às 9h6 do dia 19


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