Feira: prefeitura não tem recursos para leitos de obstetrícia, diz secretária

O município de Feira de Santana, a cerca de 110km de Salvador, começou o ano de 2016 enfrentando dificuldades no setor de obstetrícia. Há mais de 10 anos o número de leitos vem reduzindo, e a Secretaria de Saúde estima que pelo menos 50 leitos foram extintos com o fim das maternidades dos Hospitais Casa de Saúde Santana e Dom Pedro de Alcântara. Segundo informações do site Acorda Cidade, atualmente as gestantes só têm como opção o Hospital da Mulher e a Materdey, sendo que esta última está com dificuldades devido à falta de anestesista.

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De acordo com secretária de Saúde, Denise Mascarenhas, a prefeitura não tem recursos para adquirir mais leitos de obstetrícia, e aponta que este não é um problema exclusivo da Princesa do Sertão.

“É uma grande preocupação de todos os secretários municipais que são gestores do SUS. Nós entendemos a preocupação dos gerentes das unidades, estamos sempre na parceria, conversando, sentando. A parceria tem que existir, mas também tem que existir o pagamento. A gente não pode oferecer o serviço apenas de parceria, porque pagamos profissionais, pagamos procedimentos, materiais, então tudo isso no contexto SUS, nós precisamos rever. E não é só obstetrícia, nós temos um grave problema a nível de Bahia também de ortopedia”, disse em entrevista ao site local.

Denise afirmou, ainda, que houve atraso no recurso e uma das preocupações foi pagar aos prestadores de serviços. Ela apresentou as notas técnicas que foram lançadas pelo Conselho Estadual de Secretários Municipais e Conselho Nacional. Todas as notas técnicas que foram apresentadas sobre as dificuldades de recursos, foram encaminhadas para o Ministério Público e Defensoria Pública, para que todos entendessem a atual situação do setor.