Saiba a causa da queda de habitantes em Salvador

A queda na taxa de natalidade também é vista como fator que contribuiu para os números do Censo 2022. "A gente não tem um crescimento vegetativo importante em Salvador. As próprias pesquisas do IBGE mostram que Salvador vem ano a ano tendo menos nascimentos. Em 2021, a cidade teve o menor número de nascimentos em 46 anos da série histórica", explica Mariana Viveiros, coordenadora de divulgação do Censo.

Naquele ano foram foram registrados 28.545 nascimentos na capital baiana, 4% a menos que em 2020. "Mudanças culturais e econômicas levam as mulheres a terem menos filhos. [É algo que] a gente percebe em cidades grandes e núcleos urbanos com populações mais educadas, com mulheres que já estão muito mais presentes no mercado de trabalho", diz Viveiros.

A coordenadora acrescenta a nova onda do home-office, que permite que as pessoas possam ir para outros lugares. 

"O trabalho remoto é um fenômeno novo. A gente ainda não tem como analisar, mas a gente também não pode fingir que não existiu (...) Não sabemos o quanto isso é importante ou não, mas é um fator que se coloca nesta década, de a pessoa poder ir para outros lugares e trabalhar de lá", opina.

De acordo com Rodrigo Cerqueira, coordenador de inovação e ciência de dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), a tendência é que o aumento do número de habitantes de cidades vizinhas levem os municípios a solicitar uma revisão da verba repassada a eles pelo FPM (Fundo de Participação dos Municípios).

As cidades recebem repasses do FPM segundo o tamanho de sua população e a renda per capita do estado ao qual pertence.

As informações são da Folha de São Paulo.