Salvador

Greve de ônibus em Salvador pode ser decretada nesta semana; entenda

BNews
Os rodoviários têm uma série de reuniões com as empresas em busca de evitar a greve de ônibus  |   Bnews - Divulgação BNews
Tiago Di Araújo

por Tiago Di Araújo

[email protected]

Publicado em 21/05/2024, às 08h55



Apesar das negociações já durarem cerca de dois meses, ainda não existe um acordo entre os rodoviários e os patrões sobre as reivindicações da categoria. Os trabalhadores, através do Sindicato dos Rodoviários, pedem aumento de 4%, além de outros mais de 40 itens de melhoria pleiteados junto às empresas, que ofereceu ajuste de apenas 1,24%.

Diante disso, nenhum acordo tem tido avanço entre as partes, que chegaram a se reunir novamente nesta segunda-feira (20), na garagem de empresa de ônibus, em Salvador. Porém, nenhuma decisão foi tomada, o que abre margem para uma possível greve da categoria na capital baiana.

Entre as tentativas para evitar a paralisação, que pode ser decretada nesta semana, está o envio de uma proposta final por parte do Sindicato dos Rodoviários de Salvador. A oferta deverá ser encaminhada à Superintendência Regional do Trabalho (SRTE-BA), que está mediando as negociações junto com Ministério do Trabalho, até às 16h desta terça-feira (21).

Além disso, outros encontros entre trabalhadores e patrões devem acontecer ao longo da semana. Uma nova reunião está marcada para próxima quinta-feira (23), horas depois de uma assembleia da categoria, agendada para o mesmo dia, para definir se optam pela greve ou não.

No final do mês passado, os rodoviários atrasaram as saídas dos ônibus das garagens de Salvador. Originalmente programados para iniciar a circulação às 4h, os ônibus só começaram a circular depois das 8h. No dia anterior, a categoria interrompeu as atividades entre 11h e 13h, reunindo-se na Estação da Lapa em protesto contra a postura dos empresários.

De acordo com o sindicato da categoria, os trabalhadores reivindicam 44 itens, entre os quais se destacam:

  • Reajuste salarial de 4% acima da inflação;
  • Aumento de 10% no valor do tíquete-alimentação, atualmente em R$ 25,84;
  • Integração do vale-transporte ao sistema metroviário;
  • Cesta básica no valor de R$ 500.

Além das questões salariais e de benefícios, a categoria também se manifesta contra o assédio moral a que alguns rodoviários estariam submetidos no ambiente de trabalho.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp