Mesa de debate sobre violência contra mulher inspira e encoraja outras mulheres na Flipelô

O terceiro dia da 3ª edição da Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô), contou com apresentações musicais, de poesias e mesas de debate. Entre as mesas redondas, desta sexta-feira (9), umas das que estavam mais cheias foi a “LiteraBruta: a intensidade das produções literárias de duas jovens autoras brasileiras”, comandada por Bruna Mitrano, do Rio de Janeiro e Aline Prúcoli, do Espírito Santo.

O tema chamou atenção principalmente das mulheres. O assunto abordado foi violência contra mulher, baseado no livro das autoras, que já passaram por cidades como Feira de Santana e Santo Antônio de Jesus, no interior do estado.

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Aline Prúcoli conversou com o BNews e descreveu a sensação da dupla ter sido recebida pelo público baiano. “Eu acho que o mais prazeroso tem sido receber a devolutiva de meninas que escrevem e que estavam com vergonha de lançar e expor o seu trabalho, mas que agora vão expor, porque se sentiram inspiradas, seguras e diminuíram a timidez. A gente fica muito grata por isso, já valeu todo o projeto, todas as viagens”.

A escritora contou que a LiteraBruta faz parte de um projeto do Sesc (Serviço Social do Comércio) chamado “Arte da Palavra”. O nome, que é um tanto curioso, foi traduzido por Aline Prúcoli. “Na verdade, foi uma ideia que tirei do meu quarto livro que está para sair que vai se chamar Bruta Linhagens porque nossa experiência literária é em torno dessa temática: dos corpos violentados, do silenciamento, a invisibilidade e a gente tem falado sobre isso, então a Flipelô está sendo um espaço muito importante na divulgação porque está lotado, ainda bem”.

Apesar de ser o terceiro ano da Festa Literária, a capixaba disse que não conhecia o evento até este ano. “É um privilégio muito grande estar aqui falando sobre esse tema que é muito importante e nessa festa que é tão importante, historicamente falando, não só para o povo daqui como para o Brasil, de modo geral”.

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