Salvador

Falta de acessibilidade em passarela do Metrô gera críticas de usuários

Adenilson Nunes / BNews
O equipamento que liga via marginal da Paralela à Estação Imbuí não conta com rampas de acesso para cadeirantes   |   Bnews - Divulgação Adenilson Nunes / BNews

Publicado em 13/11/2018, às 11h55   Tiago Di Araujo


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As pessoas com mobilidade reduzida e deficientes físicos, a exemplo dos cadeirantes, que precisam acessar a passarela do Metrô da Estação Imbuí, em Salvador, estão passando por um verdadeiro sufoco. A única ligação para quem sai da área do hipermercado Extra da Avenida Paralela com o equipamento é uma escada, que recebe um grande fluxo de pessoas.

Após denúncias feitas por leitores, a reportagem do BNews esteve no local e constatou a falta de acessibilidade no local. Além da passarela, de responsabilidade da CCR, empresa que administra o Metrô, não ter rampas, o local também não possui piso tátil, que auxilia a circulação de deficientes visuais, e nem os acessos específicos para calçada.

Procurado pelo BNews, o vice-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Salvador (Comped), Antônio Carlos Barbosa, lamentou a situação. "Primeiramente, é bastante lamentável a gente saber que ainda existem pontos na cidade, principalmente em relação ao Metrô, que é uma construção nova, em que as pessoas não possam ter sua acessibilidade plena. Por isso é importante, que o Conselho seja provocado, para que a gente possa tomar as providências necessárias com a relação à essa situação".

O representante do órgão garantiu que buscará providências para uma resolução rápida no intuito de garantir acessibilidade no local. "Nós temos um bom relacionamento com a CCR e vamos entrar em contato, e ao mesmo tempo, buscar junto à presidência [do Comped] tomar algumas providências quanto a isso, para que o mais rápido possível isso possa ser reparado", afirmou, ao citar que os direitos de acessibilidade estão garantidos por decreto federal.

"É lamentável que se libere esse espaço tendo essas situações que dificultam não só a travessia das pessoas com deficiência, mas também das pessoas com mobilidade reduzida, já que a nossa população está bastante envelhecida e necessita de espaços bastante acessíveis para que possam se locomover, especialmente as pessoas com deficiência", relata Barbosa. Para o dirigente, quem constrói um equipamento como o metrô, tem que pensar sempre baseado no desenho universal, para todas as pessoas.

A reportagem procurou a CCR, que através de nota, explicou: "a Estação Imbuí de Metrô foi construída seguindo os requisitos contratuais e as normas técnicas vigentes. Na época da implantação da estação, onde existe a parada principal de integração com o ônibus, a passarela da Lagoa do Imbuí foi integralmente revitalizada. O projeto aprovado pelas autoridades não incluía o novo ponto de ônibus da Avenida Paralela sob o Viaduto de Narandiba, criado por órgãos competentes após a inauguração da referida estação de metrô".

Apesar disso, de acordo com os denunciantes que procuraram a reportagem, antes mesmo da implantação do ponto de ônibus, o local já tinha grande fluxo de pessoas, que utilizam a Estação de Metrô, sendo por causa de faculdades, condomínios e comércio na região. Ainda assim, o único acesso para passarela era a escada que continua sendo utilizada e que não dispõe de opções de acessibilidade.

Ao BNews, a CCR informou que um novo projeto está sendo avaliado para melhorar o acesso ao equipamento. " A concessionária e o poder concedente avaliam novo projeto para melhorias de acesso ao equipamento a partir da via principal da avenida”.

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