Salvador
Publicado em 22/05/2018, às 20h34 Tamirys Machado
O movimento “Catraca Livre” que ganhou força nessa terça-feira (22), após os rodoviários decretarem greve por tempo indeterminado a partir da meia noite desta quarta-feira (23), foi rechaçado pelos empresários. Em conversa com o BNews, Jorge Castro, diretor do Integra, consórcio que administra o sistema de transporte público da cidade e representa o setor patronal, disse que a atitude é ilegal e cabe justa causa. Além disso, Castro afirmou que pode descontar do salário do rodoviário o valor da tarifa, baseado na quantidade de pessoas que adentraram aos ônibus.
“Se ele (o rodoviário) fizer isso estará cometendo uma fraude a própria lei de greve, sujeito a justa causa. É muito perigoso, é irresponsabilidade. Quem vai pagar o combustível?”, questiona. Não pode trabalhar e descumprir as regras do trabalho. Usando matéria do seu patrão para cometer uma ilegalidade. O patrimônio é da empresa, combustível, ônibus, etc, eles não podem usar do nosso patrimônio e fazer o que bem quer”, rebateu, argumentando que a empresa tem um custo e esse custo sai do valor da passagem.
Ele argumentou ainda que o “Catraca Livre” é uma forma de lesar o patrão. “Ele estará roubando o combustível, lesando. Além da justa causa, disso sofrer o risco de eu cobrar dele. Ele é obrigado a cobrar a passagem. Se não cobra, paga com o salário dele”.
Jorge Castro explicou o porquê não chegou a um acordo com o Sindicato dos Rodoviários. “Faltou possibilidade. Ele quer 6%, não posso dar. Entramos na justiça do trabalho. Sá o Tribunal para julgar”, afirmou.
Sobre a acusação do prefeito ACM Neto que os empresários têm interesse na greve, ele preferiu não polemizar. “Não vou discutir com o prefeito da cidade. Ele tem uma observação, não sou eu que vou fazer um contratempo”, pontuou.
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