Política

Rui Costa trabalha para aumentar quantidade de "chapinhas" na proporcional

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Publicado em 19/03/2018, às 17h13   Luiz Fernando Lima


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Nas conversas com os aliados sobre a eleição o governador Rui Costa (PT) tem buscado ampliar a capilaridade de sua candidatura incentivando-os a fecharem as “chapinhas” nas disputas pelas vagas da Câmara dos Deputados e da Assembleia Legislativa. As chapinhas consistem em coligações com um número menor de partidos e cada uma dessas com uma quantidade maior de candidatos, daí a ampliação da capilaridade. 

Para a Câmara dos Deputados cada chapinha ou partido que saia isoladamente, a exemplo do PDT, tem direito a lançar 58 candidatos. Já para o Parlamento estadual o limite é de 95 postulantes para concorrer a cadeiras no Palácio Luís Eduardo Magalhães.

O petista sondou os aliados em conversas que teve com as direções partidárias, contudo, vem enfrentando dificuldades. Diante da escassez de recursos financeiros, a opção das legendas é por fazer parte de um chapão.

Outros partidos, como o PSB, buscam alianças para formar a chapinha, mas enfrentam dificuldades. A legenda tem candidaturas tidas como fortes e isso afasta outras siglas que avaliam a participação numa proporcional como desvantajosa.

Isso porque elas entrariam com candidaturas com projeções entre três mil a 15 mil votos cada. Estes votos ajudam a compor o quantitativo necessário para se alcançar o quociente, linha corte, eleitoral, porém os postulantes do PSB, com estimativas entre 40 mil e 60 mil, seriam beneficiados com isso.

A conta para alcançar o quociente eleitoral é feita a partir da divisão do número de votos válidos pela quantidade de vagas. Em 2014, 6.646.541 eleitores votaram nos candidatos a deputados federais ou partidos. São 39 cadeiras que a Bahia tem direito na Câmara. Desta forma, a cada 170.424 votos somados, o partido ou coligação elegeu um representante.

Como exemplos, a coligação formada por PP / PDT / PT / PTB / PR / PSD / PC do B obteve 3.593.090 votos, elegendo 21 deputados federais. Ao fim, ainda há os candidatos eleitos pela média do quociente. São as vagas residuais.

Voltando aos estaduais, o governador Rui Costa teve três “chapinhas” na eleição de 2014. A maior constituída por PP / PDT / PT / PTB / PR / PSD teve 3.087.519 e elegeu 28, além de dois pela média.

O PCdoB saiu sozinho e teve 348.428 elegendo três deputados estaduais. A terceira, circunstancialmente, não estava na chapa de Rui Costa para o governo, vez que a senadora Lídice da Mata foi candidata ao governo. Formada por PSB / PSL / PPL, a chapinha teve 310.925 e elegeu dois deputados, além de outro por média.

As contas estão sobre a mesa dos articuladores políticos do Palácio de Ondina, mas, ao que parece, Rui terá dificuldades para estruturar a equação diante das dificuldades que se apresentam. 

Há uma perspectiva de redução da participação de eleitorado neste pleito. Ou seja, se trabalha com um número menor de votos totais, o que mexe na conta do quociente deixando ainda mais difícil a eleição, conforme apurou a reportagem com interlocutores da base governista.

Para federal, a tendência é que os partidos façam uma chapa só, à exceção do PDT.

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