Fundo de Pensão: funcionários fazem protesto nos Correios da Pituba na terça-feira (17)

Os funcionários e aposentados dos Correios vão fazer uma mobilização, na manhã de terça-feira (17), em frente a agência da Pituba, em Salvador. Eles aderem à mobilização nacional na luta para salvar o plano de pensão dos funcionários dos Correios, o Postalis, que por causa de desvios sofreu um rombo de R$ 7 bilhões.

Segundo o presidente da Associação dos Profissionais dos Níveis Superiores e Técnico dos Correios (ADCAP), núcleo Bahia, Inaldo da Silva Behrens, a mobilização está marcada para às 8h, na guarita próxima à Praça Marconi. "Não pretendemos causar transtorno ao trânsito nem nada, a gente vai fazer um recuo e deixar livre, e distribuir cópias da mensagem, carta aberta, que a gente fez para o Presidente da República". O presidente ressaltou, ainda, que o funcionamento da agência não será prejudicada.

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"Vamos reunir as pessoas que estão vendo o risco enorme de perder o nosso plano de pensão. Houve uma intervenção no Postalis, nós já tínhamos pedido a intervenção desde 2012, 2013 e 2014. Ela não aconteceu, quando a gente tentou colocar pessoas, aí fizeram uma intervenção e não estão fazendo as coisas que nós achamos que deveriam fazer", explicou o presidente do ADCAP.

Segundo Behrens, a mobilização pede a cobrança da dívida do banco americano BNY Mellon e medidas efetivas de se cobrar que a empresa volte a pagar o RTSA. Além disso, o presidente explicou que foi criada uma conta do fundo chamada FIBC, que era uma reunião de vários títulos considerados ruins, e foi feita uma avaliação chamada precificação desses ativos. Mas, com a intervenção, tudo foi colocado em zero e o fundo sofreu um recuo na previsão de recursos e, com isso, causou um rombo que obriga os funcionários a fazer o equacionamento.

"Nosso plano Postalis pode ser liquidado ou nós vamos sofrer mais um equacionamento - quando eles aumentam os descontos a fim de compor o saldo dos fundos. Hoje, um aposentado já paga 9% e um aposentado da ativa aqui na Bahia paga mais 17%. Se não for liquidado, há possibilidade de a gente vir a sofrer um novo equacionamento que pode chegar a 40% ou mais, ou seja, você se aposenta e já vem ganhando mesmo, ainda sofre esses descontos e agora uma nova ameaça", concluiu Behrens.