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Morre o jornalista Alberto Dines, aos 86 anos

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Jornalista estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 22/05/2018, às 10h00   Redação BNews


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Um dos grandes nomes do jornalismo brasileiro, Alberto Dines morreu aos 86 anos. Segundo a mulher do jornalista, Norma Couri, ele teve a morte confirmada por volta das 6h desta terça-feira. Dines estava internado há dez dias no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

De acordo com O Globo, o jornalista pegou uma gripe da mulher, que se agravou e virou pneumonia. Dines sofreu com a deficiência respiratória e não resistiu nesta terça-feira. O velório deve ocorrer em São Paulo, cidade em que o profissional vivia, no bairro de Vila Madalena.

Dines iniciou sua carreira como crítico de cinema da revista "A Cena Muda", em 1952. No ano seguinte, assumiu o posto de repórter na revista "Visão" e cobriu arte, teatro e cinema. Na sequência, lançou-se também pelo jornalismo político. Em 1957, se uniu à produção da revista "Manchete", na qual atuou como assistente de direção e secretário de redação. Demitiu-se da publicação após desentendimentos com o proprietário, Adolpho Bloch.

Em 1959, começou a dirigir o segundo caderno do jornal "Última Hora". No ano seguinte, assumiu a chefia da revista "Fatos e Fotos" e colaborou com o jornal "Tribuna da Imprensa", pertencente ao "Jornal do Brasil". Pouco depois foi convidado para dirigir o "Diário da Noite", de Assis Chateaubriand.

A partir de 1962, Dines foi editor-chefe do "Jornal do Brasil", no qual se destacou até 1973. Foi professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio) de 1963 a 1966. Convidado como paraninfo de uma turma da instituição logo após a edição do AI-5, durante o regime militar, o jornalista criticou a censura e acabou preso e submetido a inquérito.

Coordenadora de produção do Observatório da Imprensa de 1998 a 2016, quando o programa liderado por Dines parou de passar na televisão, Zezé Sack diz que o jornalista deixa uma lacuna no jornalismo brasileiro. "Foi uma grande honra trabalhar com Alberto Dines, uma escola. Aprendi mais com ele no programa do que na faculdade. Todo esse período foi muito intenso. Ele era muito respeitado e não falava por falar. Falava sempre com argumento, justificativa. Acho que vai deixar muita saudade e uma lacuna no jornalismo brasileiro", destacou Zezé.

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