Velejadores brasileiros presos com drogas são julgados em Cabo Verde

Os três velejadores brasileiros e um francês foram ouvidos, nesta segunda-feira (12), durante julgamento em Cabo Verde, na África. O pai de Rodrigo Dantas afirmou que o filho foi o último a ser ouvido e, por ser o mais jovem, foi o mais exigido para ver se "conseguiam algum deslize ou contradição". O homem contou que apesar da tensão, o julgamento correu de forma tranquila.

"A grande preocupação foi o não envio do Despacho Fundamentado pela procuradoria Geral da República (PGR) de Cabo Verde para o tribunal  e queriam invalidar esse documento que é prova  fundamental da inocência de todos .No final da sessão de hoje o juiz declarou que encerra amanhã e vai acatar o documento , isso é praticamente a absolvição", afirmou o pai e Rodrigo. 

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Apesar do julgamento ter prazo para ser encerrado na terça, quando serão ouvidas as testemunhas de defesa, o veredicto pode demorar até uma semana para sair.

Entenda o caso:

Os velejadores foram presos em agosto, em Cabo Verde, na África, durante uma parada, por problemas mecânicos do veleiro, em Mindelo, onde a polícia encontrou mais de uma tonelada de cocaína, escondida no duplo fundo do casco, localizada embaixo dos tanques de água e revestidos com cimento e placas de aço. 

Os brasileiros alegam que não sabiam da existência da droga e que a embarcação foi vistoriada por seis horas pela Polícia Federal, com cães farejadores, enquanto esteve atracada no Iate Clube de Natal, ainda no Brasil.

De acordo com o depoimento publicado por familiares nas redes sociais, os jovens Daniel Guerra e Rodrigo Dantas foram contratados pela agência de recrutamento de tripulação "The Yacht Delivery Company", com sede na Holanda, para transportarem um veleiro de 72 pés, de bandeira inglesa. Eles saíram de Salvador rumo a Açores, em Portugal. Em seguida, o velejador Daniel Dantas juntou-se à tripulação.

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