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Famílias pedem ajuda para libertar velejadores brasileiros presos em Cabo Verde

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Polícia africana encontrou 1 tonelada de cocaína no casco da embarcação usada por eles   |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 27/12/2017, às 23h47   Redação BNews


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Familiares de três velejadores brasileiros presos em agosto, em Cabo Verde, na África, organizaram um abaixo-assinado online em busca de apoio político e adesão popular para conseguir a libertação deles.
Segundo a mensagem da campanha no site Change.org, eles foram detidos durante uma parada, por problemas mecânicos do veleiro, em Mindelo, onde a polícia encontrou mais de uma tonelada de cocaína, escondida no duplo fundo do casco, localizada embaixo dos tanques de água e revestidos com cimento e placas de aço.

As famílias alegam que os velejadores não sabiam da existência da droga e que a embarcação foi vistoriada por seis horas pela Polícia Federal, com cães farejadores, enquanto esteve atracada no Iate Clube de Natal, ainda no Brasil.

De acordo com o depoimento publicado por familiares nas redes sociais, os jovens Daniel Guerra e Rodrigo Dantas foram contratados pela agência de recrutamento de tripulação "The Yacht Delivery Company", com sede na Holanda, para transportarem um veleiro de 72 pés, de bandeira inglesa. Eles saíram de Salvador rumo a Açores, em Portugal. Em seguida, o velejador Daniel Dantas juntou-se à tripulação.

Há suspeita de que a droga tenha sido armazenada pelo proprietário do barco, o inglês conhecido como George Fox Saul, em uma das vezes em que ele esteve no Brasil para acompanhar a remodelação da embarcação. Numa dessas ocasiões, de acordo com relato no site do abaixo-assinado, George ficou sozinho ancorado em uma praia semi deserta do litoral brasileiro, onde havia uma residência que pode ter servido de suporte para acomodar a cocaína. 

“O sonho da travessia oceânica do meu filho se transformou em uma grande tormenta para todos nós”, relata o pai de Rodrigo Dantas. 

“Estamos munidos com farto material que comprova sua inocência. O julgamento está previsto dentro dos próximos 45 dias, mas tememos que isso se transforme num julgamento político”, acrescenta, ao pontuar que as autoridades brasileiras ainda não se pronunciaram sobre o caso.

Segundo ele, Rodrigo estava em liberdade condicional desde 26 de agosto e foi colocado em prisão preventiva no último dia 18 de dezembro, a partir de um recurso do Ministério Público, alegando risco de fuga.

“Ato arbitrário e extemporâneo, pois ele cumpria de forma regular todas as medidas impostas, inclusive trabalhando e totalmente inserido no convívio social da comunidade da cidade de Mindelo”, reclama.

Classificação Indicativa: Livre

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