Educação

Professor demitido do Colégio Antônio Vieira denuncia que está sofrendo constrangimento e assédio moral

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Toda a situação foi informada ao Ministério Público do Estado da Bahia e ao do Trabalho  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Google Maps

Publicado em 14/11/2018, às 20h51   Márcia Guimarães


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O professor demitido do Colégio Antônio Vieira (CAV) após envolvimento no “escândalo do Whatsapp”, Marivan Santos, denunciou em suas redes sociais, nesta quarta-feira (14), que está sofrendo constrangimento e assédio moral. O docente, através do escritório de advocacia que contratou, informou que foi “demitido injustamente pela instituição”, mesmo enviando uma carta ao CAV e a todos os órgãos de imprensa, explicando que foi adicionado sem o seu consentimento ao grupo de alunos acusados de racismo, homofobia e apologia à violência. 

Na terça-feira (13), ele recebeu uma mensagem pelo WhatsApp da coordenadora do Colégio, Cristina Cardoso, dizendo que não há clima para que ele participe da solenidade de formatura do 2º grau, pois a instituição acredita que “seja o momento de preservar a imagem e seguir em frente”. Segundo o escritório que está representando-o, a mensagem enviada pela Direção do CAV, “além de constrangedora, trouxe um mal muito grande a sua família, aos alunos, aos seus pais, e todos aqueles que sabem, que durante sua vida de educador procurou ensinar a disciplina que abraçou com dedicação, respeito aos alunos, e sobretudo a Instituição Colégio Antônio Vieira, a qual continua tendo um grande respeito”.

Na nota compartilhada por Santos, está o depoimento do padre jesuíta Gustavo, que trabalhou na escola. “Olá querido professor Marivan! Sou o Padre Gustavo, jesuíta que, durante a etapa de formação, trabalhei no Colégio Antônio Vieira. Fiquei muito chateado e comovido com a mensagem que você postou no Face! Quero expressar a você, sua esposa e filho, meu respeito e admiração pelo seu trabalho como professor em nossa Instituição! O tempo que trabalhei no Colégio pude conviver contigo e ver seu empenho como educador em nossa Instituição! Receba meu afeto e estima! Um grande abraço”, detalha o documento.   

Diante da impossibilidade da participação na formatura, o professor pede que seus alunos compreendam que não estará presente na solenidade, “embora convidado por todos, pois compareceu à missa no dia de ontem e sentiu que causou mal-estar à Direção da escola”. A nota citou ainda que Santos chegou a ser acompanhado por vários seguranças enquanto caminhava com um pai de um aluno para se sentar junto à família do estudante. 

Toda a situação foi informada ao Ministério Público do Estado da Bahia e ao Ministério Público do Trabalho, a fim de que tomem algum posicionamento.

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