Denúncia

João de Deus aparece na Casa Dom Inácio Loyola pela 1ª vez após denúncias de abuso sexual

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Turistas de vários estados brasileiros e até do exterior chegaram em Abadiânia em busca de atendimento do médium  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 12/12/2018, às 08h47   Redação BNews


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O médium João de Deus, de 72 anos, suspeito de abusar sexualmente de mulheres durante tratamentos espirituais realizados por ele, voltou a atender, nesta quarta-feira (12), na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal. Esta é a primeira vez que ele aparece em público depois que denúncias contra ele vieram a público e uma força-tarefa passou a investigar os supostos crimes.  O advogado Alberto Toron, que defende o médium, afirmou que o cliente nega as acusações e que ele está à disposição da Justiça para esclarecimentos. A informação é do G1.

Segundo a publicação, João de Deus chegou à Casa Dom Inácio de Loyola por volta das 9h30 e não quis falar com a imprensa. Os portões do local se abriram as 5h15. No entanto, a movimentação de visitantes só se intensificou por volta de 7h, quando vans e ônibus começaram a chegar com excursões. Turistas de vários estados brasileiros e até do exterior chegaram em Abadiânia em busca de atendimento do médium João de Deus. 

A instituição foi fundada pelo médium em 1976. Ele realiza atendimentos espirituais às quartas, quintas e sextas-feiras, recebendo pessoas de todo o país do mundo em busca de amparo para problemas de saúde de diversos tipos.

A força-tarefa que investiga as denúncias contra João de Deus começou o trabalho de investigação na segunda-feira (10), depois que o programa Conversa com Bial divulgou o relato de 10 mulheres que disseram ter sido abusadas sexualmente pelo médium.  O Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO), que, assim como a Polícia Civil, investiga a suspeita de crimes sexuais durante tratamentos feitos pelo religioso, havia contabilizado, até o fim da terça-feira (11), mais de 200 denúncias contra o médium. 

O advogado Alberto Toron, que defende o médium, afirmou que o cliente nega as acusações e que ele está à disposição da Justiça para esclarecimentos.  “Muito enfaticamente ele nega. Ele recebe com indignação a existência dessas declarações, mas o que eu quero esclarecer, que me parece importante, é que ele tem um trabalho de mais de 40 anos naquela comunidade, atendendo a todos os brasileiros, gente de fora do país, sem nunca receber esse tipo de acusação”, disse.

Além disso, o advogado esclareceu que o padrão de João de Deus era atender a todos em grupo. “Eventualmente atendeu alguma pessoa, alguma autoridade sozinho, isso é um episódio localizado. Mas pessoas, mulheres, crianças em geral, eram atendidas coletivamente diante de um grande número de pessoas”, continuou. Por fim, disse que o cliente vai colaborar com as investigações. 

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