Cidades

Ideia é chamar atenção da sociedade, afirma ativista da faixa Arco-Íris

Publicado em 14/10/2015, às 20h53   Tamirys Machado (Twiter: @tamirysmachado7)


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No dia 22 de outubro, próxima quinta-feira, Salvador terá duas faixas de pedestre coloridas, em homenagem a uma campanha mundial, intitulada Arco Iris no chão. O projeto é da ativista Larissa Moraes, líder do grupo TireSuaBikedoArmário  e conta com o apoio da prefeitura. Os próprios integrantes do movimento pintarão as faixas no dia 22 à noite e no dia 24 vai acontecer uma ação, também no Jardim de Alah com entrega de panfletos. 
Para a idealizadora “é uma forma leve e divertida de atentar a sociedade para os direitos LGBT”, disse Larissa Moraes.  “O projeto “Arco Iris no chão” é inusitado e só existe fora do Brasil, participei disso em Londres e pude ver a diferença que é em outros lugares do mundo onde eles promovem o respeito. A ideia é chamar a atenção da sociedade para o público LGBT e mostrar que não queremos nada demais a não ser o respeito e o direito de amar livremente”, pontuou.  Ela explicou que não será pintada a faixa branca que já existe, prevista inclusive nas leis de trânsito. “A pintura será intercalada com as faixas brancas”. Ainda conforme Larissa, a ideia é que a pintura permanece e o ponto se torne um símbolo de respeito a diversidade da capital baiana. 
O presidente do Grupo Gay da Bahia, Marcelo Cerqueira disse que a organização parabenizou a campanha ‘Zero homofobia Salvador’ que pinta faixas de pedestres com as cores do arco-íris, mas sugeriu Pedalada Contra Homofobia no dia  1º de janeiro. “A iniciativa agrega valor artístico à luta de combate a homofobia na cidade e chama atenção da população para refletir sobre uma questão dramática que devido ao preconceito não é abordada de forma positiva pela sociedade em geral. A intervenção que muda as cores das faixas de pedestres sem dúvida coaduna com os nossos anseios, promove a redistribuição democrática dos espaços sociais, faz com que os indivíduos se reconheçam como sujeitos de direitos, livres e iguais”, disse Cerqueira, em nota. Para o presidente, combater a homofobia não é fazer apologia a homossexualidade, mas significa criar clima e condições favoráveis para o fortalecimento da democracia e defesa dos direitos humanos, coletivos, individuais e difusos. 
O deputado Sargento Isidório, fez uma declaração contrária ao projeto,  pensamento diferente de alguns parlamentares da Casa, que defenderam a ação.  A deputada Fabíola Mansur, presidente da Comissão de Defesa da Mulher e membro Comissão Especial da Promoção da Igualdade, disse que o projeto dará visibilidade a causa LGBT.  “Nada mais é do que uma ferramenta para visibilizar a necessidade da luta na defesa LGBT. Salvador, que é a cidade da diversidade, está de parabéns, pioneira disso no Brasil nessa ação que já existe nos EUA, Filadelfia, e outros países”, destacou.  “Esteticamente é bem vinda porque dá um colorido à cidade. Além disso, chama mais atenção dos carros e o pedestre é mais respeitado”, completou.   
A parlamentar parabenizou a gestão municipal, no entanto, disse que “não pode só ficar na faixa, é preciso outras ações, como a inauguração do Centro de Referência para a comunidade LGBT”,  pontuou. O projeto, de sua autoria, foi aprovado pela prefeitura, mas ainda não está em funcionamento. Durante a aula inaugural do curso de pós-graduação em Direito Eleitoral, nesta quarta (14) na Assembleia Legislativa da Bahia, que contou com a presença do  Prefeito ACM Neto, a deputada cobrou do gestor a inauguração do Centro.

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