Estado mental pode gerar questionamentos jurídicos a futuros votos de Vado na Câmara

O estado de saúde mental do vereador Vado Malassombrado (DEM), encontrado com vida nesta quarta-feira (5) após ficar desaparecido desde a segunda (3), pode impedir sua volta à Câmara de Vereadores de Salvador.

Segundo informações obtidas pelo BNews, há receio de que, se o democrata continuar no mandato, votações que contem com sua participação possam ser questionadas na Justiça. Isso porque pode ser usado o argumento de que o vereador não estava no uso de suas plenas faculdades mentais no momento da votação. Caso alguma matéria enviada pelo Executivo fosse aprovada com apenas 29 votos, por exemplo - este o número mínimo necessário para aprovação de matérias na Casa - se o voto de Vado fosse alvo de pedido de anulação, o texto correria o risco de ser derrubado.

Por isso, o momento agora é de cautela em relação à situação do vereador. Encontrado em estado de confusão mental, o democrata deve passar por avaliação psicológica para medir as reais condições de continuar exercendo o mandato. Caso se constate que ele ainda não está totalmente bem para voltar ao cargo, não estaria descartada, por exemplo, a volta do secretário de Cultura e Turismo, Cláudio Tinoco (DEM), para a Câmara - Vado é suplente dele. A exoneração de Tinoco na Secult seria uma medida temporária, para que ele vote os últimos projetos do Executivo previstos para o ano. A Casa deve entrar em recesso a partir de 12 de dezembro.