Política

Rui ainda avalia chance de não extinção, mas diz que Conder “é o lugar de menor eficiência”

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Governador recebeu proposta de trabalhadores para manter Companhia em atividade  |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews

Publicado em 03/12/2018, às 17h39   Eliezer Santos e Márcia Guimarães


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Conforme antecipado pelo BNewsneste domingo (2), o governador Rui Costa (PT) confirmou que ainda não bateu o martelo sobre a extinção da Companhia de Desenvolvimento Urbano (Conder). 

Nesta segunda-feira (3), o petista afirmou que recebeu uma proposta de trabalhadores da Conder para demissão de 268 aposentados. “Pedi que eles aprovem primeiro na assembleia deles e a gente conversa depois”.

“A Conder tem quase 70% do seu quadro aposentado. Dos aposentados, uma boa parte acima dos 70 anos. E não tem como tocar uma empresa que, das 500 pessoas, 370 aposentados, idosos. Fica uma empresa improdutiva, não presta o serviço que povo baiano precisa”, avaliou Rui.

“Do jeito que está não há condição de continuar funcionando, com o engessamento que tem hoje e os custos elevadíssimos fruto de muitos processos judiciais que ela acumula ao longo de tempo movidos pelas diversas associações. Inclusive é o único lugar hoje no estado das empresas dependentes que não usa o Planserv. Eles têm a liminar de um plano próprio, que nunca pagaram nada e, portanto, é o lugar de menor eficiência com maiores custos proporcionais”, asseverou o petista.

Na última sexta-feira (30 de novembro), o governador enviou à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) um projeto de lei propondo uma nova reforma administrativa do Estado para enxugar os gastos com a máquina pública. A previsão é de que mais de mil cargos comissionados sejam extintos.

O governo alega que precisa manter o equilíbrio das contas e superar o rombo de R$ 4,8 bilhões na Previdência estadual.

O déficit, segundo a Secretaria da Fazenda, pode chegar a R$ 8 bilhões em 2022.

REAÇÃO DA OPOSIÇÃO – O prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) criticou a cenário de risco nos cofres do estado e acusou Rui Costa de cometer estelionato eleitoral, comparando-o à ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2014. 

"Sinto o Rui Costa de 2018 como a Dilma de 2014. A Dilma de 2014 se reelegeu com um discurso, depois teve que adotar uma prática completamente diferente”, disse na última semana.

O ex-governador Paulo Souto rebateu a análise feita por Rui Costa de que o déficit foi provocado por governos anteriores aos do PT, 12 anos atrás.

Nas redes sociais, o deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA) ironizou a posição do petista. “É a manjada cara de pau petista: o que é bom é obra deles, o que não é vai para a conta dos adversários”.

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