Política

Hilton diz que "Pé Na Escola" é "terceirização da educação"; Aleluia rebate

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Investimento inicial previsto para o programa é de R$30 milhões, com recursos 100% municipais  |   Bnews - Divulgação Montagem/BNews

Publicado em 14/11/2018, às 16h51   Henrique Brinco


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Os vereadores Hilton Coelho (PSOL) e Alexandre Aleluia (DEM) têm entendimentos diferentes sobre o projeto "Pé Na Escola". O programa pretende ofertar, inicialmente, 10 mil vagas para crianças em idade pré-escolar (4 e 5 anos), em parceria com instituições privadas de ensino. 

O investimento inicial previsto para o programa é de R$30 milhões, com recursos 100% municipais. As instituições selecionadas deverão funcionar em locais onde não há vagas ofertadas pela Prefeitura, seja através da rede própria ou por meio de convênio. Para o socialista, "o Projeto Pé na Escola uma forma de terceirização de atividade fundamental do estado, que é o fornecimento da educação pública, o que é vedado pela Constituição Federal".
"Além disso, o projeto pode pôr fim aos concursos públicos para rede municipal de ensino, já que destina a demanda pela educação infantil para a rede privada, bem como foi forjado poucos meses após uma vitoriosa greve dos professores, sendo concebido como revanche do prefeito à organização dos profissionais da educação. A educação, especialmente a educação infantil, não pode ser tratada como mera mercadoria, como pretende o prefeito ACM Neto", disse o edil durante reunião com integrantes do Fórum Baiano de Educação Infantil, nesta terça-feira (13).
Já Aleluia discorda. "Sou completamente a favor do modelo do Pé Na Escola, tanto é que apresentei um projeto de indicação que foi aprovado no Plenário com o mesmo intuito, nos modelos do sistema de charter school", afirma ao BNews. "Não demonizo nenhuma palavra, como ele demoniza. Terceirização, iniciativa privada, lucros... A forma como ele fala acaba colocando uma grande carga emocional na palavra, não parando para pensar o que representa esse método".
Na manhã desta quarta-feira (14), o prefeito ACM Neto defendeu o projeto nas redes sociais. "Sei que com iniciativas como o Pé na Escola, parceria com instituições privadas que vai garantir que todas as crianças de 4 e 5 anos estejam em sala de aula, vamos ainda mais longe! A alfabetização é o primeiro passo para o desenvolvimento do país", postou no Twitter.
A prioridade do projeto será para as famílias beneficiárias do programa municipal Primeiro Passo, que oferece auxílio por criança matriculada em creches privadas onde não há disponibilidade de vagas na rede pública ou conveniada.

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