Política

Daniel Almeida chama de "sandice" projeto de criminalizar comunismo no Brasil

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Se for adiante, partidos como o PCdoB podem ser considerados ilegais perante a lei  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 12/11/2018, às 18h18   Henrique Brinco


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O deputado federal baiano Daniel Almeida (PCdoB) ironizou a proposta do deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) de criminalizar o comunismo no Brasil. O filho do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse ao jornal O Estado de São Paulo que gostaria de levar a proposta adiante no Congresso Nacional.
"É uma proposta que eu gostaria que fosse adiante, mas que depende de renovação do Congresso. É seguir o exemplo de países democráticos, como a Polônia, que já sofreu na pele o que é o comunismo", afirmou o parlamentar, que também quer tipificar como terrorismo os atos do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST).
Se a proposta for adiante, partidos como o PCdoB ficam sob ameaça de serem considerados ilegais perante a lei. Para Daniel Almeida, a declaração representa o que ele chama de "mais uma sandice" da família Bolsonaro. "Todas as sandices possíveis já se ouviu dos clãs do Bolsonnaro. A nossa Constituição de 88 consagra a livre manifestação política, religiosa, etnica e as demais liberdades", afirma ao BNews.
"Esse projeto sequer iria ser tramitado pela flagrante inconstitucionalidade. Os comunistas estão integrados a vida da humanidade, da civilização e tem uma convivência pacífica e democrática de respeito as instituições", completa.
Indagado ainda sobre quem deve liderar o campo da esquerda após a prisão de Lula e o grande número de votos obtidos por Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT) nas urnas, Almeida afirma que a agremiação vai lutar por uma união dos partidos.
"O PCdoB quer criar uma ampla frente pela democracia, pela Constituição e dos campos democráticos. Essa frente é oposição ao governo que foi eleito. Não achamos que devemos indicar um líder específico para fazer esse enfrentamento. Precisamos ter um programa, uma agenda, para que cumpra esse objetivo. É um desserviço achar que apenas um líder ou partido vai cumprir esse papel".

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