Política

Em apoio a Bolsonaro, Isidório diz que “tem que passar cerca de arame em petistas” que defendem oposição “irresponsável”

Gilberto Júnior/Arquivo/BNews
Ele, inclusive, já avalia que os valores éticos e morais estavam sendo empurrados  |   Bnews - Divulgação Gilberto Júnior/Arquivo/BNews

Publicado em 02/11/2018, às 12h39   Fernanda Chagas


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Sargento Isidório, o deputado federal mais bem votado pela bancada baiana com 323 mil votos pelo Avante, partido que, segundo ele, está fechado com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) com venda nos olhos e tudo, afirma que, embora tenha apoiado o petista Fernando Haddad (PT) no segundo turno das eleições e seja aliado ao governador Rui Costa na Bahia, não votará em nada que prejudique a população.  

Ele, inclusive, já avalia que os valores éticos e morais estavam sendo empurrados. 

Em um discurso totalmente pacificado em relação ao integrante do PSL, ele admite já estar gostando de algumas montagens do governo do novo gestor e mais além, defende o seu temperamento, ao afirmar que algumas declarações foram foram do calar do momento, a exemplo a de que ele faria uma faxina e que os marginais vermelhos seriam banidos do país”, em referência aos adversários petistas.

“Ele já declarou que falou no calor do momento, mas vai me dizer que não tem petista ruim. Tem que mandar passar cerca de arame mesmo. Tem petista dizendo que já e oposição sem nem mesmo começar o governo. Quero ver Rui [Costa]cair numa dessa”, criticou, referindo-se, ao que classifica, como forma irresponsável de alguns fazerem oposição. 

“Eleição não é igual a futebol. O time que perde não pode estar querendo que o outro dê errado. Temos que orar pelo melhor. Só tenho que tirar a pistola da mão dele. Se não tiver autoridade, disciplina, a nação vai ruir mesmo. Os valores éticos e morais estavam sendo empurrados. Ser da base não é ser lacaio - homem sem dignidade, que se humilha para obter vantagens”, enfatizou. 

Para Sargento Isidório, o anúncio de que o novo gestor criará um Ministério da Família, que deve ficar a cargo do senador Magno Malta que não conseguiu se reeleger, já ganhou seu coração.

“Pensei que ele só ia matar. Estivemos em palanques distintos por conta dessas histórias, mas ele já disse que foi por causa do calor e tem horas que falo coisas piores que ele. Ontem, estava em Brasília chorando, orando a Deus orando para dar a ele sabedoria”, verbalizou.   

Luta pela união entre governos - Mesmo diante desse cenário, ele assegura que nunca abandonará o governador Rui. “Apenas nunca vou apoiar o que prejudique meu povo. Vou trabalhar para que um respeite o outro porque todos os dois são chefes. Tudo é constituição. Um comando um estado e o outro a nação. Vou prestar minha continência aos dois. Ambos têm obrigação de se unirem para trabalhar pelo povo”, concluiu em conversa com o BNews, elencando que suas bandeiras em Brasília serão: o respeito à família, federalização das polícias e criação de uma lei federal que autorize a liberação de verba indenizatória para os vereadores. 

Sargento Isidório apoiou Bolsonaro no primeiro turno e Haddad no segundo, após pressão dos aliados na Bahia. Ele chegou a criticar o apoio de lideranças evangélicas ao candidato e dizer que eleição não era para consagrar padre e pastor, mas sim para eleger gestor. “Se é para pastor eleger presidente, que pelo menos seja um que vá para debates”, argumentou na ocasião. 


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