Política

Bolsonaro apoiou grupo de extermínio que cobrava R$ 50 para matar jovens na Bahia

Marcelo Camargo/Agência Brasil
No dia 12 de agosto de 2003, o presidenciável foi ao microfone do plenário da Câmara e fez uma defesa veemente dos crimes de extermínio  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 13/10/2018, às 13h24   Redação BNews


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O candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), apoiou um grupo de extermínio que cobrava de R$ 50 a R$ 100 para matar jovens na Bahia. As informações são da Agência Sportlight que publicou uma reportagem no site Congresso em Foco.

De acordo com a publicação, no dia 12 de agosto de 2003, o presidenciável foi ao microfone do plenário da Câmara e fez uma defesa veemente dos crimes de extermínio. Na ocasião, ele chegou a dizer que essa seria uma solução para a política de segurança a ser adotada no Rio de Janeiro. 

“Quero dizer aos companheiros da Bahia — há pouco ouvi um parlamentar criticar os grupos de extermínio — que enquanto o Estado não tiver coragem de adotar a pena de morte, o crime de extermínio, no meu entender, será muito bem-vindo. Se não houver espaço para ele na Bahia, pode ir para o Rio de Janeiro. Se depender de mim, terão todo o meu apoio, porque no meu estado só as pessoas inocentes são dizimadas. Na Bahia, pelas informações que tenho — lógico que são grupos ilegais —, a marginalidade tem decrescido. Meus parabéns!”, mostra um documento da Câmara, com a transcrição do discurso de Bolsonaro. 

Ainda segundo a reportagem, investigações feitas por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta na época pela Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) mostraram quem em Juazeiro, interior do estado, as mortes eram encomendadas muitas vezes por comerciantes. Valores entre R$ 50 e R$ 100 pagavam um assassino de aluguel desses grupos.

Conforme a publicação, os dados da CPI ainda mostraram que no ano de 2000, foram registradas 146 mortes em ações de grupos de extermínio na capital baiana. A maioria das vítimas, jovens negros e favelados. Já em 2001, o número subiu para 321 assassinados. Em 2002, 302 assassinatos. 

Veja a imagem do discurso reproduzida da página da Câmara:

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