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José Ronaldo vai a Brasília declarar apoio a Alckmin

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Pré-candidatura única entre PSDB e DEM está definida, mas ainda há “questões” a serem ajustadas  |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews

Publicado em 23/05/2018, às 19h10   Luiz Fernando Lima


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O pré-candidato ao governo do Estado José Ronaldo (DEM) desembarcou em Brasília nesta quarta-feira (23) para declarar apoio a Geraldo Alckmin, pré-candidato à presidência da República pelo PSDB. O gesto fez parte do acordo costurado pelos tucanos da Bahia para a retirada da pré-candidatura de João Gualberto ao governo estadual. 

José Ronaldo, no entanto, “dividirá” o palanque na hipótese de Rodrigo Maia (DEM) se manter na corrida pelo Planalto —embora poucos acreditem que o presidente da Câmara dos Deputado siga adiante, a julgar pelo seu baixo desempenho nas pesquisas realizadas até o momento. 

As conversas entre José Ronaldo, ACM Neto, João Gualberto e Jutahy Magalhães não tiveram apenas este apoio ao ex-governador de São Paulo na pauta. A necessidade de concentrar esforços em uma candidatura contra Rui Costa (PT), o tempo de televisão e os recursos escassos também estiveram presentes na mesa de negociação.

Não menos importante que o gesto nacional, as tratativas quanto à composição da chapa majoritária baiana têm apresentado entraves que dificultaram o entendimento. José Ronaldo na cabeça da chapa e Jutahy Magalhães em uma das vagas do Senado são pontos pacíficos — enquanto todos os outros não.

A ideia de um grupo para colocar Irmão Lázaro na disputa pelo Senado foi refutada por parte dos aliados que entendem, não sem razão, que o deputado “pop star” poderia contribuir mais sendo candidato a vice do que disputando uma das vagas para senador.

A tese é de que quem vota em Irmão Lázaro para o Senado não necessariamente votará em José Ronaldo para governador. Mas, ao colocá-lo na vaga de vice, este adicionará os votos da “comunidade” evangélica aos do governador. 

Este é o ponto mais sensível na organização da chapa após a “união” selada. O anúncio será feito a partir das 10h, no Hotel Fiesta, em Salvador. Por outro lado, não há prazo para o fechamento das outras duas vagas. 

O PSC não pretende abrir mão da vice, e o PRB não tem uma indicação forte. PPS, PTB e PV também não apresentaram nomes com perspectiva de contribuição real para o fortalecimento do grupo.

Proporcional — Na proporcional também há duas teses em disputa. Alguns representantes de partidos “nanicos” querem o “chapão” e a “chapinha”. A segunda apenas formada por candidatos que não tenham mandato. 

Outro grupo faz contas e diz que não faz diferença, cravando que aqueles que têm perspectiva de obter cerca de 50 mil votos na eleição terão mais chances de assumir um mandato se estiverem no chapão eja de forma direta ou como suplente.

As discussões sobre tais questões, contudo, só devem ser encerradas quando do registro das candidaturas. Até lá é esperar para ver o que acontece.

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