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Orçada em mais de R$ 9 mi, requalificação asfáltica da Paralela gera prejuízos a motoristas

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Empresa responsável pela obra é a SVC Construções LTDA  |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 24/04/2018, às 16h31   Caroline Gois


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Iniciadas em janeiro deste ano, as obras de requalificação asfáltica da Avenida Paralela têm causado prejuízos aos motoristas que passam pela Avenida Luís Viana Filho, conhecida como Paralela. 

Orçada em R$ 9.316.806,45, a obra têm sido alvo de reclamações por parte dos motoristas que afirmam ter os para-brisas quebrados, além de problemas na chaparia do carro por conta das pedras que batem nos veículos. A empresa que venceu o processo licitatório foi a a SVC Construções LTDA, cujo contrato com a prefeitura de Salvador foi assinado após processo licitatório no dia 18 de janeiro e terá 90 dias para realizar a obra, contados a partir da data da assinatura do edital.

Aberta em 1996 e com sede em Salvador, a empresa é responsável pela construção de rodovias e ferrovias e é composta por sete sócios. São eles: Carlito Jose de Moura (Sócio), Antonio Carlos Moises de Moura (Sócio-administrador), Joao Carlos Hohlenwerger Ramos (Sócio-administrador), Jose de Castro Tanajura (Sócio-administrador), Solange Maria Barretto de Araujo Sarmento (Sócio), Gustavo Barretto de Araujo Sarmento (Sócio) e Jose Joao da Rocha Lopes (Sócio).

Diante das reclamações cada vez mais recorrentes, a reportagem procurou a secretaria de Infraestrutura de Salvador (Seinfra) para saber que tipo de material está sendo utilizado na obra e de que maneira a obra está sendo executada, gerando problemas aos motoristas que passam pela via. 

Em nota, a prefeitura informa que a empresa responsável pelo recapeamento asfáltico na Av. Paralela tem nivelado e recuperado os trechos danificados e mapeados previamente. Sobre a técnica e material utilizado, a Seinfra informa que a técnica está sendo utilizada a fim de uniformizar o pavimento aumentando a vida útil do asfalto. "Além disso, diariamente, acontece a varrição do local que recebe o micro revestimento, técnica consolidada e utilizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). O micro revestimento é utilizado em projetos de reabilitação de superfície de pavimentos, sendo normalmente projetado para vias urbanas ou rodovias com aplicação em dupla camada: regularização/impermeabilização e rugosidade/rolamento", informa a nota. 

A Seinfra ressalta ainda que "a técnica está sendo usada como manutenção preventiva na conservação do pavimento estruturalmente são, e que necessita, apenas, de rejuvenescimento e melhoria das condições de aderência. Com isso torna-se possível que, com a fluidez do material, a mistura penetre nas trincas proporcionando bloqueio eficiente para evitar a infiltração da água.  Informamos ainda que a obra, fruto de convênio com a CCR Metrô nos pontos degradados pela sobrecarga de peso da obra da CCR, está 90% concluída e deve ser finalizada após o período chuvoso para posterior sinalização". 

Desde o mês de março que os leitores do BNews enviam fotos e mensagens buscando respostas sobre quem vai resolver os danos nos automóveis. A Seinfra ressalta "que quem foi prejudicado deve entrar com processo administrativo na Superintendência de Obras Públicas (Sucop) para avaliação. A Prefeitura de Salvador recomenda que o proprietário informe o dia e horário que estava na Av. Paralela".

A empresa SVC Construções LTDA também foi procurada, mas não havia representante da diretoria para falar com a reportagem no momento do contato.

No mês passado, prefeitura anunciou um investimento de R$ 51 milhões na requalificação urbana de oito locais. Entre eles: o Mercado de Cajazeiras, a requalificação do Terreiro de Jesus, da Praça Castro Alves e Av. Sete de Setembro. Além da requalificação da Lagoa dos Patos e da praça da Inglaterra, entre outros. Esses projetos ainda vão ter seus editais publicados. 

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