Política

Sobre as promessas do PR e ao PR

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Partido está apalavrado com Neto   |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews

Publicado em 30/03/2018, às 15h16   Luiz Fernando Lima


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A perspectiva de ocupação de espaço numa eventual gestão de ACM Neto (DEM) no governo do estado é fator menos atrativo ao Partido da República que a promessa de transferência de votos para tentar reeleger José Carlos Araújo.

O presidente estadual do PR tem assistido à desintegração de sua base de votos desde que entrou em choque com o senador Otto Alencar. A situação é comentada por agentes políticos dos dois campos políticos.

Neste sentido, além da palavra amiga oferecida pelo vice-prefeito de Salvador Bruno Reis, foi colocado na mesa a possibilidade de transferir até 50 mil votos para “ajudar” Araújo a se reeleger. 

Na atual conjuntura política, no entanto, a capacidade de transferência não é vista como certeza de depósito de voto. Voto, dizem fontes ouvidas pelo BNews, não é orçamento para depois de empenhado haver a garantir de “pagamento”.

Outro problema que vem sendo discutido dentro da tríade republicana é a recusa de Manuel Rocha, prefeito de Coribe e filho do deputado federal José Rocha, em renunciar ao mandato na administração municipal para disputar um cargo na Câmara dos Deputados.

José Rocha deixaria de disputar a reeleição para integrar a chapa majoritária de Neto. Sem o filho para continuar a história familiar na Casa Baixa do Congresso, o risco de não manter o espaço ocupado é visto como alto demais.

Terceiro integrante da cúpula republicana, Jonga Bacelar tem outro dilema. As amarrações eleitorais do deputado federal estão entrelaçadas com setores governistas. Estima-se que Jonga tenha em sua base algo em torno de 35 prefeitos, cerca de 25 desses votam com Rui Costa e não parecem dispostos à mudança de lado. 

As pedidas do PR ao Palácio de Ondina não serão aceitas na integralidade. O leilão da forma que foi conduzido acabou engessando a capacidade de negociação da articulação política de Rui Costa. 

O próprio governador junto a Jaques Wagner, Josias Gomes e outros atores, segundo apurado por este site, tendem a não atender às demandas pelo simples fato de que a afirmativa ao PR significaria a abertura da “bolsa de valores” para que outras legendas também imponham seus pleitos.

Já para o prefeito Neto, o PR traz pragmaticamente o tempo de rádio e tv. Não se avalia como de grande impacto no que se refere a ganho de voto na cabeça da chapa majoritária, mas, simbolicamente, inflige uma derrota política ao grupo governista.

Classificação Indicativa: Livre

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