Política

Cientista político, Rosemberg aponta rearrumação na política do sul baiano

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Parlamentar também falou sobre a perda de forças do grupo do prefeito ACM Neto (DEM) na região  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 17/12/2017, às 13h16   Aparecido Silva


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"Eu hoje não tenho partido. Meu partido é a cidade de Itabuna e as da região. Estou com Vossa Excelência hoje, amanhã e para o ano nas eleições. Irei lutar na região sul por Rui Costa". A declaração acima é um trecho do discurso do prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, durante a cerimônia de inauguração do Hospital Regional Costa do Cacau em Ilhéus na última sexta-feira (15). 

Gomes foi eleito pelo Democratas, mas deixou o partido e agora tem conversas avançadas com um partido da base do governador Rui Costa. O movimento do ex-DEM em direção ao grupo do governo petista é visto na região sul como um símbolo do enfraquecimento das forças de oposição ao governo estadual. 

O deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), formado em Ciências Políticas, tem sua base eleitoral nas principais cidades do entorno de Ilhéus e Itabuna e afirma que houve uma 'rearrumação da política na região". "É lógico que Itabuna tem uma simbologia muito grande. Fernando Gomes, no momento em que assume uma posição ao lado do governador Rui Costa, gera uma mudança significativa na principal cidade política da região. Por outro lado, muitos prefeitos da região que se elegeram contra o projeto do governador Rui Costa já se declararam nessa posição de apoio", afirmou o petista em conversa com o BNews.

Segundo o parlamentar, na região, apenas os prefeitos das cidades de Coaraci, Uruçuca e Buerarema ainda não sinalizaram na direção do governador Rui Costa. "Uma região que tinha tendência contrária passa a ser de posicionamento favorável a Rui. Haja vista Ibicaraí, que o prefeito é do PSDB e já declarou apoio a Rui", disse.

Candidatura da oposição - Na avaliação de Rosemberg Pinto, se o prefeito ACM Neto (DEM) decidir não sair candidato, o grupo ligado ao democrata não terá um nome com capacidade de unificar os partidos que o seguem. "Hoje, o ACM Neto não é candidato. Todas as pesquisas feitas de fevereiro para cá mostram uma tendência de sua queda e ascensão do governador Rui Costa. Pesquisa nesse momento é análise de tendência, não é número. Ele está numa situação muito difícil, perdeu vários aliados dele que estão fora de combate, a exemplo de Geddel Vieira Lima", lembra.

"Além do mais, a sociedade o enxerga numa relação muito forte com o presidente Temer e ele assume essa posição publicamente. É lógico que isso o deixa muito fragilizado. Mas ele também pensa que se não sair candidato, não tem um nome para unificar esse grupo de oposição que ele coordena na Bahia. É um dilema muito grande para ele hoje", ressalta o legislador. 

Em sua opinião, outro sinal de fragilidade que vê no grupo de Neto é o posicionamenot do prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (DEM), que é visto até aqui como nome certo para concorrer ao Senado ao lado do prefeito soteropolitano. "Zé Ronaldo não tem se colocado como uma pessoa que está afinada nesta caminhada, ou seja, acho que ele estará com Neto, mas não acho que estará imbuído numa chapa majoritária da forma como está sendo colocada", frisou. 

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