Política

Na cadeia, Picciani conversou com Cabral e reclamou: 'Prisão é muito degradante'

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O deputado ficou na mesma galeria onde o ex-governador Sérgio Cabral cumpre pena  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 18/11/2017, às 07h43   Redação BNews


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Preso na quinta-feira (16) por determinação do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), o presidente da Assembleia
Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani, teve um dia foi intenso na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benifca. De
acordo com O Globo, ele ficou 24 horas detido na companhia de seus colegas de parlamento Edson Albertassi e Paulo Melo. Na
sexta-feira, Picciani e os dois parlamentares foram soltos após decisão da Alerj.

Aos 62 anos e há mais de 27 anos na política, o mais poderoso cacique do estado dividiu a cela com mais cinco presos, conversou com o ex-governador Sérgio Cabral e experimentou o sabor do cardápio do dia: arroz, macarrão, feijão, uma porção de proteína (carne, frago ou peixe); salada, fruta ou doce de sobremesa, além de refresco. O deputado ficou na mesma galeria onde o ex-governador Sérgio Cabral cumpre pena. 

Ainda conforme O Globo, ele afirmou que  - Eu encontrei com todo mundo que está preso lá. É um corredor. Não tinha como não encontrar com o ex-governador. Quando cheguei, as celas já estavam fechadas. Elas fecham às 18h. Mas, de dia, depois das 8h, os guardas abrem. E todos ficam no corredor. Todos se encontram. Todos conversam — revelou Picciani, sem detalhar o que conversou com Cabral.

Picciani diz ter ouvido muitas reclamações de presos: — O sistema carcerário é muito degradante. As pessoas sofrem muito. A
Justiça mantém as pessoas presas e não revisam seus casos. Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi integram a cúpula do PMDB no estado e são investigados pela Operação Cadeia Velha.

— Houve uma decisão judicial, e eu respeito. Me apresentei imediatamente. Agora, eu não concordo. São palavras (de delatores) mentirosas — afirmou Picciani.

Ainda de acordo com O Globo, os três políticos podem ter sido favorecidos por não terem os cabelos cortados e nem usaram os
uniformes padrão dos presos: o conjunto de camisa verde e calça azul. As medidas constam dos protocolos de quem ingressa no sistema penitenciário fluminense. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) afirmou que não cumpriu a regra porque os três têm prerrogativas por ainda serem deputados estaduais.

Para o advogado e professor da PUC Manoel Messias Peixinho, eles deveriam ter sido submetidos às regras.

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