Política

Dividido, PSDB da Bahia tenta manter “as aparências” em convenção estadual

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Gualberto e Jutahy querem o rompimento com governo Temer. Imbassahy quer continuar  |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews

Publicado em 09/11/2017, às 14h14   Luiz Fernando Lima


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O PSDB da Bahia realiza sua convecção estadual neste sábado (11) na sede da Abase, em Salvador. A divisão no cenário nacional reflete no campo estadual do partido que tem dois (João Gualberto e Jutahy Magalhães) dos três deputados federais apoiando a candidatura de Tasso Jereissati para presidência e Antônio Imbassahy nas fileiras do governador de Goiás Marconi Perillo.

O ambiente político no ninho tucano da Bahia está longe da tranquilidade de outrora, mas uma costura entre o atual presidente e candidato único à presidência João Gualberto e o ministro da secretaria de Governo de Michel Temer, Imbassahy, colocou “panos quentes” nas disputas regionais pelo comando do diretório. O PSDB terá chapa única com a manutenção dos espaços que cada um tem na composição atual.

A reportagem do BNews apurou que antes das conversas entre Gualberto e Imbassahy havia a possibilidade real de o ex-prefeito de Salvador ficar de fora da direção e sem representação na executiva estadual do partido. Esta seria a sinalização de que Imbassahy e seus aliados mais próximos deixariam o ninho tucano em um movimento que continua tendo força na rádio corredor dos palácios Thomé de Souza e do Planalto. 

Neste sentido, a permanência dos indicados do ministro de Michel Temer na composição do diretório tucano da Bahia demonstra que ainda não há martelo batido e também que as investidas de Imbassahy para migrar, ao que tudo indica, para o PMDB não foram exitosas.

Por outro lado, especula-se que todos os tucanos aguardam a eleição da direção nacional para tomar decisões. Como a janela para migração partidária só será aberta em abril o tempo joga a favor dos agrupamentos divergentes.

Em Brasília, o centrão composto por PP, PSD, PR, SD cobra a saída sumária de todos os tucanos nos ministérios. O problema é que o PSDB presente da gestão de Temer é indicado pelo campo ligado ao senador Aécio Neves ou está na cota pessoal do próprio presidente, de modo que as pressões não surtiram efeito até então.

Dizia-se que após a votação da segunda denúncia contra o peemedebista por organização criminosa e obstrução de Justiça estaria selado o destino de Imbassahy. Ele deixaria o governo. Não aconteceu. 

Resta saber como serão os discursos dos tucanos baianos durante a própria convenção. Gualberto costuma ser ácido contra o governo Temer e muito mais aos petistas. Já Imbassahy terá a oportunidade de falar para os correligionários que se queixam da falta de atenção.

Eleição — O PSDB tende a ter o direito de indicar um representante na chapa que será encabeçada pelo prefeito de Salvador ACM Neto (DEM). As apostas iniciais davam conta de que este nome seria o deputado federal Jutahy Magalhães. Imbassahy também quer. Gualberto será candidato a reeleição para a Câmara dos Deputados.

O deputado estadual Adolfo Viana disputa uma cadeira na Casa Baixa do Congresso Nacional. Augusto Castro e Carlos Geilson vão em busca de novo mandato na Assembleia Legislativa. O vereador Tiago Correa tentará subir para a ALBA também.

Classificação Indicativa: Livre

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