Política
Publicado em 16/10/2017, às 16h50 Juliana Nobre e Victor Pinto
O governador Rui Costa (PT) rechaçou a tese de que setores petistas defendem a manutenção de Michel Temer como presidente da República até 2018. Há uma corrente que defende a estratégia de deixar o peemedebista sangrar e assim a sigla ter vantagem no pleito do próximo ano ao fazer comparações governistas.
Para Rui, a situação é mais complexa do que se pensa. “Não acho que essa seja a posição do PT. Acho que muitos parlamentares do PT e fora é de posição mais adequada. Você conhece o ditado de “quem pariu Matheus que balance”? É um pouco isso. Quem deu o golpe que resolva seu golpe. Quem votou contra o impeachment tem que ou votar pela manutenção de Temer ou pela subida de Maia. Então é do tipo se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Não tem alternativa”.
“É uma desconforto de quem é parlamentar. É algo frágil. Maia foi eleito com 50 ou 51 mil votos para deputado federal. Você pegar um dos menos votado do Rio de Janeiro e transformar em presidente. É o mesmo que pegar o menos votado da Bahia, Uldurico Júnior, e colocar como presidente da República. Se ele [Maia] tivesse concorrido pela Bahia não tinha sido eleito. Isso é que vemos no nosso País, uma situação esdrúxula”, completou.
O governador lembrou que a alternativa mais correta seria a realização de eleição direta no Brasil. Rui também defendeu a modalidade chamada de recall eleitoral, quando, se necessário, o mandato do político ser reavaliado pelo eleitorado e ser interrompido, caso o povo decida.
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