Política

Prefeitura recua e cede à integração de ônibus metropolitano ao metrô

Publicado em 14/08/2017, às 18h10   Juliana Nobre e Tamirys Machado


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Após longas reuniões no Ministério Público, a prefeitura de Salvador e o governo do estado chegaram a um acordo sobre a integração entre o metrô e ônibus, na noite desta segunda-feira (14). Na semana passada, o prefeito ACM Neto (DEM) anunciou a integração 100% do sistema, mas não tinha definido pontos relevantes como a divisão tarifária. Hoje, a prefeitura aceitou a integração também dos passageiros metropolitanos.

Em entrevista ao programa Se Liga Bocão, da rádio Itapoan FM, o secretário da Casa Civil, Bruno Dauster contou detalhes da reunião. Segundo ele, a reunião foi difícil, mas chegaram a acordos importantes. Em relação aos ônibus metropolitanos, os passageiros metropolitanos vão pagar uma tarifa única de R$ 7,20 e não mais R$ 14,40 como atualmente. “Era impossível e inaceitável ter passageiro de primeira classe, aqueles que moravam em Salvador e os que moravam na região metropolitana de segunda classe. Porque o destino final deles não era atingido porque tinham que pagar um segundo ônibus metropolitano. Hoje a prefeitura finalmente aceitou que o passageiro metropolitano será integrado quando pagar a segunda passagem”.

Outro avanço, segundo o secretário é que “na renovação de frota o governo pagará o custo da implantação com ar condicionado e wi-fi em todos os ônibus”. “Isso é uma exigência nossa. Já colocamos para a prefeitura, para o MP e os empresários”, disse.

Sobre o valor que ficará para a prefeitura e a CCR, empresa que administra o metrô, o titular da Casa Civil explicou que será feito um estudo para avaliar qual o valor adequado para cada parte. “O que combinamos hoje é que vamos fazer um estudo sobre qual é o custo e o valor correto do passageiro integrado. Acredito que deve ficar abaixo de R$1,42 (para o governo), teremos 60 dias para fazer esse estudo e o resultado é que vai determinar o que vai ser pago. Então acabou essa polêmica”, pontuou.

Mas de acordo com Dauster, a aceitação da prefeitura foi para se livrar de um problema. "Não fizeram porque são bonzinhos não, mas para se livrarem de um problema", disse.

Agora será feito um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) pelo Ministério Público para formalizar o acordo.

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