Polícia

Operação Yasaí: dez são presos acusados de ataques a carro-forte

Vagner Souza / BNews
Dois suspeitos já estão no sistema prisional e um morreu em confronto com a polícia em Águas Claras  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza / BNews

Publicado em 21/11/2018, às 17h17   Shizue Miyazono


FacebookTwitterWhatsApp

Dez pessoas ligadas a diversos roubos e ataques a carros-fortes durante transferência de valores em Salvador e Região Metropolitana foram presas, nesta quarta-feira (21), durante a Operação Yasai. 

Segundo o delegado Marcelo Sansão, diretor do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), a Polícia Civil prendeu Altalícia Santos de Jesus, 48 anos - que já acumulava três passagens pela polícia por roubo qualificado -, Carlos Alberto Bispo, 64, Wenderson Ramos, 34, e Emanuel Amorim Diger Sobrinho, 43. Um suspeito, Fabiano de Jesus Ramos, morreu em confronto com a polícia em Águas Claras.

Ainda de acordo com o delegado, quatro presos foram encaminhados para a Polícia Federal e dois suspeitos já estão no sistema prisional. Já Delcimar Alves, que também tinha mandado de prisão temporária, morreu em confronto com a polícia em outubro. Segundo Paulo Alberto Guimarães, da Coordenação de Combate aos Crimes Contra Instituição Financeira, afirmou que Delcimar fingia ser cadeirante para informar o grupo sobre a movimentação dos policiais, vigilantes do carro-forte, etc. 

Segundo o major Francisco Menezes, da 3ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), de Cajazeiras, após ser acionada pela Polícia Federal e Civil, a PM identificou a casa em que o Fabiano estava  e hoje foi ao local, em Águas Claras. O suspeito entrou em confronto com a polícia e foi alvejado. Ele chegou a ser socorrido para uma unidade de saúde, mas não resistiu. Com Fabiano foi encontrado um revólver.

“Ele aparece armado nas imagens de vigilância que gravaram o assalto a uma Lotérica, em Águas Claras, no final do mês de setembro”, ressaltou o comandante. Na ocasião, cinco pessoas foram feridas e um comparsa dele morreu em confronto com segurança do carro-forte.

A operação envolveu as Polícias Federal, Civil e Militar  e teve início em fevereiro. Em julho, a PF também entrou na investigação, que culminou na operação de hoje. Segundo a PF, ao longo das investigações foi possível identificar três grupos distintos, mas os integrantes se associavam para a realização de alguns crimes.

O grupo preso hoje é acusado de atuar nas ocorrências do GBarbosa do Cabula, do Shopping Itaigara, de uma casa lotérica em Águas Claras e no Bom Preço do Salvador Norte em São Cristóvão.

O diretor da Draco explicou que em 2017 não houve assaltos a carros-fortes na Bahia, mas esse ano já foram 19 no Estado e 11 na capital na modalidade “calçada”  - no momento do deslocamento dos malotes. O delegado afirmou que o fato do combate a assaltos nas instituições financeiras terem sido positivas, com duração de mais de 20 ocorrências, os criminosos estão migrando para a entrega de valores. "As empresas não podem usar armamento pesado e os criminosos aproveitam esse momento de fragilidade, quando os malotes com o dinheiro eram entregues ou recolhidos pelas transportadoras de valores".

Os investigados também atuavam em outros delitos como assaltos a estabelecimentos comerciais e roubo de veículos.

Atualizado às 18h

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp