Política

“Lula é quem mais divulga Bolsonaro”, diz ex-presidente

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Para o ex-presidente, governo que gasta tempo criticando o anterior não ajuda na harmonia do país  |   Bnews - Divulgação Reprodução: Montagem

Publicado em 14/05/2024, às 06h40 - Atualizado às 06h41   Rebeca Silva



Ao analisar o cenário político do país, o ex-presidente Michel Temer (MDB) ponderou que o atual chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é a pessoa que mais promove seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL). Para o peemedebista, Lula está sempre falando de seu rival político, em especial como contra-argumento quando recebe críticas.

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Durante uma análise do cenário político no Brasil, o ex-presidente Michel Temer (MDB) deu uma declaração afirmando que o presidente Lula (PT), é o que mais promove Jair Bolsonaro (PL). Segundo Temer, Lula sempre fala do ex-presidente, em ênfase como contra-argumento quando recebe críticas.

Eu digo sempre: o presidente Lula vive falando do presidente [Jair] Bolsonaro. Ele é quem mais divulga o presidente Bolsonaro. Imagina se eu fosse fazer isso no meu governo, quando as pessoas me criticavam… E eu ficasse: “Mas a ex-presidente, a ex-presidente…” Eu não dizia nada. Eu ia tocar o governo – disse Temer em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo.

Segundo Temer, no Brasil, o governo atua em querer destruir as gestões anteriores.

"A oposição tem um sentido político, ou seja, se eu perder a eleição o meu dever é destruir aqueles que ganharam. No Brasil, nós temos a ideia de que cada governo que chega precisa destruir os anteriores. Tanto que o vocábulo herança maldita se incorporou ao vocabulário político do país. (…) Cada governo que chega, quando critica o governo anterior, não está ajudando a harmonia do país – declarou.


O ex-presidente declarou que acreditava que Lula iria pacificar o país, mas se desapontou nesse sentido.

"Houve um equívoco, uma distância entre a palavra e a ação. Eu achei [que] ele [Lula] faria uma espécie de governo de redenção nacional. Ele declararia: “Eu vou pacificar o país”, o que significa que você vai governar para todos os brasileiros. Não significa que não haverá divergência. Acabei de dizer no início da minha fala, você tem que ter oposição, divergência, tem temas que são delicados. (…) Eu acho que faltou talvez um pouco de vontade política de um lado e, de outro lado, como o Brasil já estava radicalizado, houve agressão de todos os lados" opinou.

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