Política

Líderes Tupinambás na Bahia procuram deputados para cobrar demarcação de terras

Pedro Moraes/Divulgação
Processo que se arrasta há mais de 15 anos  |   Bnews - Divulgação Pedro Moraes/Divulgação

Publicado em 19/04/2024, às 12h41 - Atualizado às 12h42   Cadastrado por Henrique Brinco


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Mais de 80 lideranças da Comunidade Tupinambá de Olivença, do sul da Bahia, cobraram demarcação de terras em uma sessão da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), nesta quinta-feira (19). O processo que se arrasta há mais de 15 anos. O território, ocupado por Mata Atlântica, estende-se pelos municípios de Ilhéus, Una e Buerarema, no sul da Bahia, onde vivem mais de três mil indígenas, distribuídos em 22 aldeias.

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A sessão especial, que contou com a participação da Secretaria da Igualdade Racial, dos Povos e Comunidades Tradicionais, Ângela Guimarães, entre outras autoridades. A luta pela demarcação começou em 2001, quando os Tupinambá de Olivença foram reconhecidos oficialmente como indígenas pela Funai. Em 2003, iniciaram os estudos de identificação e delimitação do território indígena.

Em 2009, o território foi reconhecido e delimitado pela Funai. Mas há 15 anos, os Tupinambá de Olivença aguardam pelo processo final, que é a demarcação.

"Já devíamos estar tratando aqui de outros projetos de melhoria de vida para os indígenas. A demarcação nem deveria ser mais o assunto. Mas a gente ainda precisa vir aqui para lutar por um território que é nosso. São poucos que têm compromisso com os povos originários", protestou a cacique Valdelice Jamopoty.

O deputado Fabrício Falcão também cobrou celeridade no processo de demarcação:

"Esse território é fundamental para os Tupinambá porque garante a sua sobrevivência, a preservação dos recursos ambientais e a continuidade da comunidade, de acordo com seus usos, costumes e tradições".

Em 14 de setembro de 2016, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), por unanimidade, derrubou o mandado preventivo que impedia o Ministério da Justiça de publicar o relatório circunstanciado de demarcação da Terra Indígena dos Tupinambá de Olivença. Na ocasião, o STJ julgou respondidas todas as contestações que impediam a publicação da portaria declaratória, penúltima etapa no processo de demarcação.

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