Política

Ex-funcionário revela detalhes sobre compra de mansão de Bolsonaro

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Em entrevista ao Uol, o funcionário contou que, ao limpar o escritório e organizar alguns papéis, viu a escritura da casa  |   Bnews - Divulgação Gabriela Bilo/Folhapress

Publicado em 02/09/2022, às 07h27   Redação



O ex-funcionário da família Bolsonaro, Marcelo Nogueira, disse que Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente, confidenciou a ele que a primeira mansão onde o casal viveu, na Barra da Tijuca (RJ), entre 2002 e 2007, foi paga com "dinheiro por fora".

O antigo casal Bolsonaro fez uma escritura de promessa de compra e venda, antes de formalizar a negociação, que foi lavrado no 24º Ofício de Notas em 19 de agosto de 2002. No documento consta que a venda da mansão foi negociada por um valor de R$ 500 mil. No entanto, o imóvel, à época, tinha valor de avaliação para cálculo de imposto no total de R$ 874,1 mil. Ou seja, o negócio saiu com um desconto de 43%.

Segundo informações do UOL, 160 mil foram quitados com um cheque, entregue no ato da compra da mansão, e outros R$ 250 mil deveriam ser pagos até o dia 19 de dezembro de 2002. Em cartório, o casal declarou que havia pagado R$ 90 mil anteriormente, como sinal, mas não descreveu o tipo de pagamento.

Em entrevista ao Uol, Nogueira contou que, ao limpar o escritório e organizar alguns papéis, viu a escritura da casa, e comentou com Cristina que se surpreendeu com o valor, dadas as características do imóvel. Marcelo afirma que então Cristina disse a ele: "É que sempre tem um por fora, né?". "Quando ela comprou aquela casa da Barra, na época, por R$ 500 mil, na documentação. Só que foi mais. Que foi dado em dinheiro vivo, por trás", contou o ex-funcionário.

Atualmente o imóvel que fica na rua Maurice Assuf, na zona oeste do Rio, vale quase R$ 3 milhões e integra a lista de imóveis comprados pelo clã Bolsonaro.

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