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Eliana Calmon rejeita sair candidata, mas quer ajudar Rede em campanha

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Ex-ministra do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) esclareceu o encontro que teve com a cúpula da Rede Sustentabilidade, na noite desta quinta-feira (19), em Salvador  |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 20/07/2018, às 15h41   Henrique Brinco


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“Não há nenhuma possibilidade”, enfatiza Eliana Calmon ao ser indagada sobre as especulações de que sairá candidata a deputada federal em 2018. Procurada pelo BNews, a ex-ministra do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) esclareceu o encontro que teve com a cúpula da Rede Sustentabilidade, na noite desta quinta-feira (19), em Salvador.

“A executiva da Rede esteve em minha casa. Conversamos. Eles vieram me convidar e insistir nisso [em lançar candidatura a Câmara Federal]. Eu disse ‘não, eu não vou ser candidata’. Eu apenas sou filiada à Rede e posso gravar alguma coisa para eles. Posso ajudar na campanha, mas não sou candidata”, explica.

Eliana Calmon se encontrou com a executiva estadual da Rede, em Salvador.

Segundo a ex-ministra, a intensa agenda de compromissos impede de que ela repita a façanha da última eleição. “Eu saí candidata [ao Senado] em 2014 e vim para Brasília, onde montei um escritório de advocacia. Assumi compromissos com as pessoas, com os clientes e com quem trabalha comigo. Para sair candidata, teria que voltar para a Bahia e fazer a campanha. Não posso fazer isso”.

“A vida política brasileira está tão desorganizada. Não se tem uma legislação que possa incentivar os novos candidatos. Então, tudo isso são dificuldades que terminam afastando as pessoas que não têm vivência de partido grande para se lançar na vida política”, lamenta.

Marina Silva
Ao ser questionada, Eliana destaca que a pré-candidata da Rede ao Palácio do Planalto, Marina Silva, está com “dificuldades”. “É pouco dinheiro, partido pequeno... Vamos ver como que as coisas ficam. Será uma campanha atípica, diferente. Os eleitores estão muito preocupados, sem incentivo nenhum. A classe política está desgastada e desmoralizada. Tudo isso faz com que a eleição seja muito peculiar. A gente não tem ideia do que vai acontecer. O que se esperava é que houvesse uma renovação da classe política, mas talvez isso não aconteça”.

Alckmin
Ela também exalta o apoio dos partidos do chamado “centrão” ao pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin: “Eu vi até com bons olhos. O Alckmin é um candidato bom, um homem sério. Ele tem uma postura política séria. Vi com bons olhos. Mas está tudo muito esquisito”.

Bolsonaro e Ciro
A ex-ministra também avalia as campanhas de Jair Bolsonaro (PDT) e Ciro Gomes (PDT). “Talvez a campanha dele perca a densidade. Talvez Ciro esteja mais bem articulado em matéria partidária. Mesmo aquelas pessoas mais experientes em política são pessoas que estão ainda sem saber como vai se desenvolver as eleições. Estão muito reticentes”, revela.

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