Política

8 de janeiro: Ao menos 10 condenados ou investigados quebram tornozeleira e fogem do Brasil

Suspeitos depredaram os prédios dos Três Poderes, em Brasília, após resultados das eleições presidenciais de 2022 - Joédson Alves/Agência Brasil
Pelo menos 51 suspeitos de participar dos atos ainda têm mandado de prisão em aberto ou romperam a tornozeleira  |   Bnews - Divulgação Suspeitos depredaram os prédios dos Três Poderes, em Brasília, após resultados das eleições presidenciais de 2022 - Joédson Alves/Agência Brasil

Publicado em 15/05/2024, às 09h21   Redação



Ao menos dez condenados ou investigados por participarem dos ataques às sedes dos Três Poderes, ocorridos em 8 de janeiro de 2023, romperam suas tornozeleiras eletrônicas e fugiram do Brasil.

Segundo um levantamento do Uol, feito com base em registros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 51 pessoas suspeitas ou sentenciadas por participar dos atos golpistas têm mandados de prisão em aberto ou fugiram após quebrar a tornozeleira.

Desses 51, 10 fugiram para o exterior já em 2024, pelas fronteiras de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com destino ao Uruguai e à Argentina. Sete deles já foram condenados pelo STF a mais de 10 anos de prisão por causa dos ataques.

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Dos dez fugitivos, seis são mulheres e a maioria é de estados do Sul e do Sudeste, com média de idade de 50 anos.

O pedreiro Daniel Bressan, um dos que deixou o país, se considera um exilado político e faz campanha em redes sociais para financiar a permanência no exterior. Ele tenta vender produtos e já ofereceu até uma rifa de um Fiat Uno 2015.

As polícias civis de SC e RS informaram que não foram solicitadas a fazer buscas pelos fugitivos. Já a do Paraná não se manifestou. Os órgãos de administração penitenciária do PR e de SC disseram que não iriam detalhar quantos investigados quebraram tornozeleiras ou fugiram desde 2023.

O STF e a Polícia Federal também não se manifestaram, após serem procurados. A polícia internacional (Interpol) não tem alertas públicos pelos fugitivos até o momento.

Procurados, o STF e a PF não se manifestaram sobre as buscas. Não há alertas públicos da Interpol (polícia internacional) pelos fugitivos.

Os advogados de todos os réus negam que eles tenham depredado prédios públicos ou participado de uma tentativa de golpe de Estado. Alguns alegam que os clientes estavam nos prédios dos Três Poderes apenas para se protegerem de bombas lançadas por agentes de segurança.

Saiba quem são os 10 fugitivos:

  • Daniel Luciano Bressan, pedreiro e vendedor, 37 anos, de Jussara (PR) - réu em ação penal, acusado pela Procuradoria-Geral da República de participar dos atos golpistas
  • Ângelo Sotero, músico, 59 anos, de Blumenau (SC) - condenado a 15 anos e meio de prisão
  • Gilberto Ackermann, corretor de seguros, 50 anos, de Balneário Camboriú (SC) - condenado a 16 anos de prisão
  • Raquel de Souza Lopes, 51 anos, de Joinville (SC) - investigada; Procuradoria-Geral da República diz que ela destruiu bens
  • Luiz Fernandes Venâncio, empresário, 50 anos, de São Paulo (SP) - réu em ação penal do STF sobre o 8 de janeiro
  • Flávia Cordeiro Magalhães Soares, empresária, 47 anos - investigada por ataques contra o resultados das eleições presidenciais de 2022
  • Alethea Verusca Soares, 49 anos, de São José dos Campos (SP) - condenado a 17 anos de prisão
  • Rosana Maciel Gomes, 50 anos, de Goiânia (GO) - condenada a 14 anos de prisão
  • Jupira Silvana da Cruz Rodrigues, 58 anos, de Betim (MG) - condenada a 14 anos de prisão
  • Fátima Aparecida Pleti, empresária, 61 anos, de Bauru (SP) - condenada a 17 anos de prisão

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