Política

Presidente do PT defende doações para pagar multa

Imagem Presidente do PT defende doações para pagar multa
Rui Falcão está em Salvador para discutir estratégia eleitoral de 2014  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 18/01/2014, às 13h29   Luiz Fernando Lima (Twitter: @limaluizf)



O presidente nacional do PT, Rui Falcão, voltou a defender as doações feitas por militantes e apoiadores do ex-presidente do partido José Genoíno para pagar a multa de R$ 667,5 mil imposta ao petista pela participação no esquema conhecido como “mensalão”.

Durante entrevista coletiva realizada em Salvador, na tarde desta sexta-feira (17), Falcão reafirmou que considera a multa “injusta e desproporcional”, mas que se tratando de uma decisão judicial não resta outra alternativa se não a de pagar. O presidente petista defendeu ainda a extensão da medida aos outros condenados na Ação Penal.

“O PT não pode contribuir para pagar estas multas nem com recursos próprios e tampouco com o fundo partidário. Daí a rede de solidariedade se constitui e eu pretendo que se estenda para os outros também. O Delubio que também teve outra multa desproporcional e aos demais. Eu vejo muito positivamente a solidariedade que se cria para pagar esta multa que obrigatoriamente tem que ser paga”.

Falcão destacou o caráter público da ação. “Transparência, identificação e solidariedade” formam a tríade que legitima a contribuição. Outro argumento posto na mesa de entrevista foi o de que “se não tiver dinheiro para pagar agora no dia 20, a dívida vai para dívida ativa da União. Este débito escrito na dívida ativa tem que esperar a fase de execução”.

Ele explica que “nesta etapa (estando na dívida ativa) o advogado se pronúncia. Tem a possibilidade de requerer a divisão, o parcelamento e a revisão. A medida, conforme o presidente petista, é de solidariedade à família. “Nestes casos não tem decisão partidária, a gente ajuda. Nós somos da concepção da Igreja. Ninguém proclama que doa. Até porque quem quiser saber vai ter a lista toda”.

Alianças

Rui Falcão minimizou as disputas por espaços dentro dos governos federal e estaduais neste momento. O presidente petista reconhece como legitimas as manifestações dos aliados que desejam mudar, manter ou obter espaços dentro do Poder Executivo.

“É muito natural num governo de coalização que ao ser anunciada a possiblidade de mudanças os partidos queriam manter, trocar ou ocupar novos espaços, inclusive, o PT. Eu encaro com naturalidade este movimento do PMDB. Cada um faz no seu estilo. Eu, por exemplo, em nome do PT não vou fazer reivindicações de maneira pública, mas cada aliado tem um comportamento e não é o caso de julgá-los ou recrimina-los. Creio que ao final deste processo as coisas estarão mais assentadas”.


Embora reconheça que equacionar todos os interesses torne o trabalho moroso, Rui Falcão faz a gentileza de elogiar os aliados que, segundo ele, “também estão preocupados com o Brasil e com nosso povo”.

O comandante petista defende ainda que o partido não perdeu, neste processo histórico, a direção em torno da linha matriz. “Nós não temos perdido a identidade. O PT continua sendo o partido mais popular do Brasil”.

Torce, no entanto, para que nas eleições de outubro “mesmo entre nossos aliados é torcer para quem esteja mais comprometido com o projeto”.

Reunião

Na Bahia, o presidente nacional participa de um encontro com o diretório estadual recém eleito e com os presidentes dos diretórios das 30 maiores cidades do estado.

Na pauta esta a atualização do cenário baiano e o início da mobilização para as campanhas eleitorais que se avizinham.

Postada às 19h36 do dia 17 de janeiro

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